Sindimed orienta que médicos efetivos não trabalhem para OSs

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Se depender da orientação do Sindicato dos Médicos de Mato Grosso (Sindimed), os profissionais efetivos do Estado não irão se dispor a trabalhar nos hospitais regionais, geridos pelas Organizações Sociais (OSs). O intuito é que, com a falta de “mão de obra”, a Secretaria Estadual de Saúde (SES) desista de terceirizar as unidades. 

“Se os médicos aceitarem a orientação do Sindimed e não assinarem contrato com as OSs é provável que os hospitais fechem por falta de médicos”, afirmou o presidente da entidade, Edinaldo Lemos. Ele pondera, no entanto, que caberá a cada profissional decidir se aceita ou não trabalhar para as organizações.

A categoria manifestou desde o início resistência extrema ao novo modelo de gestão adotado pelo secretário de Saúde, Pedro Henry, alegando inconstitucionalidade. Mesmo assim, o Conselho Estadual de Saúde aprovou o sistema administrado por OSs.

Para o presidente do Sindimed, o modelo que está sendo implantado no Estado não prioriza o atendimento de urgência e emergência, o que é um erro, além de sair mais cara do que o sistema público.

“Se investíssemos R$ 30 milhões por ano (valor pago anualmente à OS responsável pela administração do Hospital Metropolitano de Várzea Grande) nos pronto-socorros de Cuiabá e Várzea Grande teríamos resultado muito maior do que com a contratação de OS”, avalia.

A classe médica está em greve há dois meses contra a terceirização dos serviços de saúde e pela reivindicação da aprovação de um Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS). Na noite desta quinta-feira (5), os profissionais irão se reunir para discutir o sucateamento das unidades e péssimas condições de trabalho.

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