A presidente do Sindicato do Médicos de Mato Grosso (Sindimed/MT), Elza Queiroz, recebeu com surpresa a notícia de que o Executivo conseguiu aprovar na Câmara de Cuiabá, projeto de lei que cria a Empresa Cuiabana de Saúde. Elza afirmou que o Sindimed deve analisar o projeto para poder se posicionar, e destacou que não chegou ao conhecimento do sindicato, a realização de audiências públicas para debater o tema.
Conforme Elza, o Sindimed não foi informado e nem convidado para discutir o assunto. “Desconheço qualquer audiência pública ou diálogo com a sociedade sobre este assunto, então acredito que seja uma decisão de governo, e só posso me posicionar quando tiver conhecimento”, disse.
Mas, no que concerne à privatização da saúde, Elza Queiroz ressalta que todo este processo, está sendo questionado, e existe em Mato Grosso e em Cuiabá, movimento contra a privatização da saúde.
A matéria foi aprovada nesta quinta-feira (10) na Câmara de Cuiabá, e cria uma empresa pública, com direito privado e administração indireta, que deve gerenciar todas as unidades de saúde da Capital, conforme o SUS.
Médico, o vereador Maurélio Ribeiro (PSDB) se absteve de votar, e questionou o projeto de lei, que sequer foi debatido junto ao Legislativo e com a população. “Mais uma vez a Prefeitura encaminhou um projeto com urgência urgentíssima que só foi enviado quando o prazo final de 10 dias, já está para acabar”, criticou.
Para o vereador, este projeto de lei é importante e não tendo sido discutido nem com população e nem com o Legislativo, incorre no risco de muitos vereadores votarem, sem de fato, saber o que estavam votando, e como isto pode impactar na saúde pública e na vida da população. Outros questionamentos foram apontados sobre a diferenciação de pagamento para os médicos, e a viabilidade financeira para criação desta Empresa Cuiabana de Saúde.