Jacques Gosch
Foto/Iara Resende
Mauro Mendes e Silval Barbosa se reuniram no Palácio Paiaguás hoje à tarde
O governador Silval Barbosa (PMDB) rebateu as provocações do grupo político do candidato oposicionista Pedro Taques (PDT) afirmando que o petista Lúdio Cabral, da coligação Amor à Nossa Gente (PT, PMDB, PR, Pros e PcdoB), esconde seu apoio para evitar que a campanha ao governo do Estado seja prejudicada pelo desgaste da gestão. “Quero que eles apresentem propostas ao invés de perder tempo me atacando”, desafiou o peemedebista ao receber o prefeito de Cuiabá Mauro Mendes (PSB) no Palácio Paiaguás, na tarde desta quarta (17), para tratar da parceria entre Estado e Município para construção do novo Pronto Socorro da Capital.
Nesta semana, a ausência de Silval na campanha foi criticada pelos deputados estadual Zeca Viana (PDT) e federal Nilson Leitão (PSDB). A dupla está na linha de frente da campanha de Taques e também preside os diretórios dos respectivos partidos em Mato Grosso.
Silval ainda afirmou que não participa ativamente da campanha porque fez a opção de cuidar dos interesses do Estado até o final do mandato. “O Lúdio é meu candidato, mas não vou usar a máquina nem deixar que usem”, completou.
De acordo com Silval, o desgaste apontado pelos opositores existe porque a gestão executou dezenas de obras sem conseguir entregá-las no prazo. Entretanto, lembrou que Taques não consegue ultrapassar os 33% nas pesquisas de intenção de voto ao garantir que sua eventual adesão na campanha causaria mais dificuldades ao crescimento do pedetista.
Conforme o governador, não existem dúvidas que a eleição será decidida em segundo turno e que a disputa deve ser entre Taques e Lúdio. Mesmo assim, Silval não menospreza o potencial de Janete Riva (PSD), que entrou no processo eleitoral após o marido José Riva ser barrado pela Lei da Ficha Limpa. “Não existe eleição fácil. Uma única frase pode complicar tudo. A Janete pode ser melhor que o Riva, levar a eleição para o segundo turno e disputar com o Lúdio”, pondera.
Operação Ararath
Silval Barbosa ainda disse que não teme o resultado das investigações da Operação Ararath, deflagrada pela Polícia Federal para desmantelar esquema de lavagem de dinheiro e crimes financeiros envolvendo autoridades de Mato Grosso. Além disso, afirmou que lamenta o envolvimento do seu nome com o escândalo no período eleitoral assegurando que tudo será esclarecido no Supremo Tribunal Federal (STF). “Eu estou impedido de falar. O processo corre em segredo de Justiça”, lembrou o governador.
Silval também assegurou que não manteve contato com o ex-secretário de Estado Eder Moraes, considerado o principal articulador do esquema desbaratado pela Operação Ararath, após sua saída do sistema prisional. O peemedebista também disse que Eder nunca comandou a pasta da Fazenda na sua gestão. “Ele não tem nada para falar de mim. Ele deixou o governo em dezembro de para sair candidato a deputado estadual”, concluiu.