Romilson Dourado
Em palanques opostos, dois deputados estaduais vivem expectativas reais de se tornarem federais. De um lado está Jota Barreto (PR), que faz parte do palanque do candidato a governador pela situação, petista Lúdio Cabral. De outro, Ezequiel Fonseca (PP), integrante do bloco oposicionista de Pedro Taques (PDT). E nesse jogo eleitoral dois líderes do PSD, o vice-governador e o deputado federal Eliene Lima, brigam entre si na esperança do grupo agora liderado por Janete Riva ao Palácio Paiaguás conquistar ao menos uma vaga na Câmara.
Pelo blocão governista, composto pelo PR, PT, PMDB e Pros, quatro devem garantir vaga. E os mais cotados são os já federais Valtenir Pereira (Pros), Carlos Bezerra (PMDB) e Ságuas Moraes (PT). A quarta vaga ficaria com Barreto, que entrou como uma das vozes da região da Grande Rondonópolis, tentando ocupar espaço do federal de seis mandatos Wellington Fagundes, que concorre ao Senado.
O quociente eleitoral é de 210,1 mil votos. Estão em jogo oito vagas para representação mato-grossense na Câmara. Dos que exercem mandato hoje, somente Roberto Dorner (PSD), Júlio Campos (DEM) e Wellington não tentam novo mandato.
Por cada coligação, surgem nomes com maiores chances na disputa por cadeira de deputado federal
Pelo blocão de oposição, que conta com 10 partidos, a expectativa é de garantir entre três e quatro vagas. Os mais cotados são o já federal Nilson Leitão (PSDB), da Grande Sinop; o ex-secretário de Governo de Cuiabá, Fábio Garcia (PSB), apoiado pelo prefeito da Capital Mauro Mendes; o ex-prefeito rondonopolitano Adilton Sachetti, também do PSB; e Ezequiel Fonseca, dirigente do PP e representante da região Oeste. Também está no páreo como um dos cotados pelo grupo de Taques o suplente de federal Victório Galli (PSC).
A coligação do PSD corre risco de ficar de fora. No máximo, asseguraria uma vaga. O próprio Daltro se mostra preocupado e até desmobilizou alguns “cabeças” de sua campanha. O que pode levar esse grupo, que lançou Janete ao governo em substituição a José Riva, barrado pela Lei da Ficha Limpa, é o fato do deputado Dorner ter desistido de uma nova disputa. Ele seria candidato para mais de 50 mil votos. Mesmo que Daltro e Eliene venham a obter 60 mil votos cada, a coligação dificilmente terá votação de legenda dos demais candidatos suficientes para avançar além de uma cadeira.