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Foto: Reprodução/Secom
O governador Silval Barbosa (PMDB) avalia que Mato Grosso continua aparecendo entre os estados que mais derrubam a vegetação nativa porque o estado ainda tem “mato”. Interrompido pela reportagem quando começava a exaltar os resultados positivos divulgados na última semana pelo Ministério do Meio Ambiente, ele disse: “Mas vem cá: onde tem mato no país? Em três estados: Pará, Amazonas e Mato Grosso”.
Baseado no “projeto de monitoramento do desflorestamento na Amazônia Legal" (Prodes), o levantamento – referente ao período entre agosto de 2011 e julho de 2012 — mostrou que, em números absolutos, o Pará continua sendo o que mais derruba vegetação nativa na região, com supressão de 1,699 km². Mato Grosso apareceu em segundo lugar, com 777 km² (em 2011: 1.120 km²). Na sequência, Rondônia (761 km²) e Amazonas (646 km²).
“Nos outros estados, não há mais mato para derrubar, já devastaram tudo, daí não tem índice de desmate. Desmatam apenas áreas reflorestadas. Então, Mato Grosso acaba ficando em segundo, terceiro ou quarto no ranking”, disse Barbosa, no último dia 28, em Brasília (DF).
Em relação à taxa de desmatamento registrada entre agosto de 2010 e julho de 2011, Mato Grosso conseguiu redução de 31% . “Você viu como ficou bacana nosso resultado?”, perguntou Barbosa, citando que, em relação a 2004, a queda foi de 93%, o maior percentual na comparação com os outros estados.
“Isso mostra o dever de casa. Essa redução de 93% demonstra gestão e responsabilidade ambiental. Em relação aos 777 km², é preciso ver se foi desmate legal ou não. Mas estamos agindo duramente na fiscalização e punindo severa e exemplarmente nos casos irregulares”, concluiu Barbosa. Os dados são coletados nos nove estados da Amazônia Legal ao longo de 12 meses por satélites capazes de detectar áreas desmatadas a partir de 6,25 hectares.