Sônia Fiori/A Gazeta
Se depender da análise do governador Silval Barbosa (PMDB), o PR deve permanecer no grupo da situação, deixando de lado os cortejos do PDT do senador Pedro Taques.
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Ontem, ele tachou de “um equívoco” as tratativas de republicanos com o bloco oposicionista em Mato Grosso, considerando o fato de os republicanos integrarem a atual gestão pública do Estado. “Acho que não é bem assim. Estão abertas as discussões nesse período e é natural todos os partidos conversarem. Mas acho que esse quadro de o PR compor com o PDT é um equívoco, porque o partido faz parte do nosso governo”, disse o governador ao se referir às pastas de primeiro escalão, sendo pelo menos seis no staff de Mato Grosso.
Disse ainda que os debates tendem a se afunilar somente no período das convenções, e que aposta mais nas chances de o PR manter-se entre os partidos aliados. Foi mais além ao lembrar que por estar no atual quadro das siglas aliadas, seria mais coerente os republicanos darem sequência aos entendimentos com as siglas da situação.
“O PR faz parte desse governo e ir para um outro grupo tem que ser bem discutido. Como temos um grupo de discussões, que estão ocorrendo de forma sistemática, confio que o PR vai continuar e formar essa composição com nosso grupo”, continuou Silval Barbosa.
A posição do PR, de manter conversações com a oposição, leia-se nesse caso centrada no PDT, promove desgaste da legenda em ambos os lados. Partidos como o DEM e o PSDB analisam outras vias de articulações, caso seja selada aliança entre republicanos e pedetistas. O PR tem avaliado o melhor campo para construir o projeto de eleger o deputado federal, e presidente do partido, Wellington Fagundes, ao Senado.
O principal líder da sigla, senador Blairo Maggi não entra na disputa ao governo e reafirma a falta de possibilidade de apoiar Pedro Taques, porque assim estaria cumprindo compromisso com a presidente Dilma Rousseff (PT).
Com Blairo fora, Taques será beneficiado. No PT, o assunto vem sendo avaliado com cautela e novas movimentações entre os partidos da base tendem a contrapor possível união entre o PR e o PDT.
O PMDB de Silval Barbosa lança o ex-juiz federal, Julier Sebastião da Silva como pré-candidato ao governo, em ato a ser realizado em Cuiabá, no dia 16 de maio, com a presença de líderes da nacional da agremiação, como o vice-presidente da República, Michel Temer. Presidente regional do partido, deputado federal Carlos Bezerra, tenta assegurar a viabilidade eleitoral do ex-magistrado, que já teria seu nome cotado para ocupar outros espaços na majoritária, em articulações embrionárias.