Serys articula fundação de partido de Marina Silva em MT

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A ex-senadora Serys Slhessarenko está articulando em Mato Grosso a formação de um novo partido, que será liderado pela ex-senadora pelo Acre, Marina Silva, em âmbito nacional. 

Serys procura um novo rumo político após ter deixado o Partido dos Trabalhadores (PT), em outubro do ano passado, em meio a uma crise com o grupo majoritário da sigla (Leia mais AQUI).

“Eu já conversei com a Marina por telefone algumas vezes e vou participar, em fevereiro, em Brasília, de uma reunião nacional de pessoas interessadas em discutir a formação desse novo partido”, informou a ex-senadora.

“Está havendo uma movimentação em todo o país. Muitas pessoas estão escrevendo artigos e a Marina tem conversado com diversas lideranças. Mas, está muito no início ainda. Nem temos a certeza se o partido será mesmo criado. Isso deve ser definido na reunião do mês que vem”, disse.

Se o grupo decidir pela criação do partido, os líderes terão que correr contra o tempo para recolher as cerca de 490 mil assinaturas de apoio necessárias para entrar com o pedido no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e homologar a fundação da sigla antes de outubro deste ano – só assim o novo partido poderá participar das eleições de 2014. 

O objetivo é lançar Marina Silva candidata a presidente nas próximas eleições. Em 2010, então no PV, ela ficou em terceiro lugar na disputa pela Presidência da República, com 20 milhões de votos. 

Assim como a ex-parlamentar mato-grossense, Marina Silva também foi militante do PT, e abandonou a sigla. Ambas estiveram no Senado Federal no mesmo período e têm histórico de militância em causas sociais e ambientais.

“Particularmente, acho a proposta desse partido muito interessante. O monopólio político atual não está dando certo, pois as pessoas estão muito afastadas de seus representantes políticos. Precisamos ampliar os espaços de representação e dar acesso ao eleitor, por meio dos partidos”, disse Serys.

O nome do novo partido ainda não foi definido, e alguns dos cotados são “Movimento Sustentabilidade e Cidadania”, "Rede Verde", "Partido da Terra" e “Semear” (Sustentabilidade, Educação, Meio ambiente, Ética e Renovação) – esse último é o favorito da mato-grossense. “Vamos semear a construção que vai transformar essa insatisfação com os partidos em melhorias na relação entre as siglas e os cidadãos”, disse.

Os últimos partidos criados no Brasil foram o PSD e o PPL, em setembro de 2011. No total, 29 siglas compõem o sistema partidário brasileiro. 

Outros convites

Além da fundação da nova sigla, Serys tem analisado também a possibilidade de se filiar a um partido já existente. Ela já conversou com diversas legendas, que teriam deixado as portas abertas para que ela se filie.

Serys contou que manteve diálogos – alguns foram apenas informais – com o PDT, PV, PR, PCdoB, PSB, PRB e PSC. 

O último foi o PDT, que tem no senador Pedro Taques seu principal líder em Mato Grosso. Taques oficializou, na manhã de segunda-feira (21), o convite para que Serys se filiasse. 

“Líderes de todos esses partidos disseram que meu nome é bem-vindo. Mas, ainda estou pensando que rumo tomar. Quero definir meu destino partidário até abril ou maio, porque, depois disso, fica muito em cima da hora se quisermos nos preparar para as eleições de 2014”, observou a ex-petista.

O grupo de mais de 100 militantes que deixaram o PT no mesmo período que Serys deve acompanhá-la em sua nova legenda. “Isso não está definido, mas vou reunir o grupo, vamos conversar e, dependendo do partido, podemos sim ir todos juntos”, disse. 

Ela afirmou que pretende se candidatar nas eleições do ano que vem, mas ainda não decidiu para qual cargo. 

“Teremos que analisar as candidaturas do grupo, quem será o candidato a governador da coligação, se terá vaga para o Senado. Primeiro, eu preciso definir em qual partido vou me filiar. Depois, trabalharemos as opções de cargo para concorrer”, ponderou.

“Confesso que minha vontade é voltar ao Senado. Mas, não posso impor isso a ninguém, e essa possibilidade vai depender de todas as conjunções políticas”, disse a ex-senadora.

 

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