SEGURANÇA PÚBLICA ‘Unificação de secretarias é um retrocesso’, afirma sindicato

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O Sindicato dos Agentes Prisionais de Mato Grosso (Sindspen) classificou a unificação das secretarias de Justiça e Direitos Humanos com a de Segurança Pública – anunciadas para o próximo governo – como um retrocesso. Na manhã desta quinta-feira (16) a categoria se reuniu o deputado estadual eleito Pery Taborelli (PV) para pedir que o mesmo intervenha pelo grupo.

“Queremos nos encontrar com o futuro governador [Pedro Taques] e o coordenador de campanha [Otaviano Piveta] para argumentarmos sobre os prejuízos dessa unificação”, explica o presidente do Sindispen, João Batista. 

Há quatro anos, o governo do estado, sob a gestão de Silval Barbosa (PMDB), criou a partir da Secretaria de Segurança Pública (Sesp) a Secretaria de Justiça e Direitos Humanos (Sejhud). A nova pasta passou a ser a responsável por supervisionar, coordenar e controlar o sistema penitenciário e o sistema socioeducativo. Além de também gerir as políticas de defesa do consumidor, o Procon.

O resultado dessa separação foi considerado benéfico pelo sindicato que agora teme pela nova configuração das secretarias.

Nesta semana, o coordenador-geral de transição do governo, Otaviano Pivetta (PDT) anunciou a extinção de sete secretarias e a redução dos cargos de confiança, que somam em 6.400 servidores públicos. O projeto prevê a diminuição dos gastos em 20% ainda no primeiro ano do governo Pedro Taques (PDT). A nova proposta retoma a formação anterior, Sejhud/Sesp, e abrigará nove setores da gestão.

“Hoje que começamos a colher os frutos da separação. Agora, temos uma estrutura de autonomia financeira e administrativa nas unidades prisionais e não acho justa a descontinuidade de um projeto que estava dando certo. Isso é um retrocesso. Voltamos a ficar dependente e com isso cria-se um inchaço, pois dentro desta nova secretaria terá um secretário para gerir e é humanamente impossível administrar tudo isso”.

A disputa interna por recursos e o prejuízo de projetos e convênios já firmados pela Sejhud estão entre as preocupações da classe. “Isso vai prejudicar os convênio e projetos, como as construção de unidade, capacitação de servidores, de aquisição de equipamento. Isso tudo criará uma disputa interna dentro da secretaria”.

A expectativa do sindicato é que o encontro com Taques e Pivetta ocorra já na próxima semana.

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