Laura Nabuco
A Secretaria de Estado de Educação (Seduc) instaurou processo administrativo contra a Gráfica Print. O objetivo é apurar os motivos de a empresa não ter prestado, em sua totalidade, serviços contratados em 2013 para atender demanda da Superintendência de Diversidades Educacionais.
A Gráfica Print é uma das 11 empresas suspeitas de participar de um esquema de fraude em licitações que já teria causado um prejuízo superior a R$ 40 milhões ao governo do Estado. O caso é investigado pela Delegacia Fazendária que, no final do ano passado, deflagrou a operação Edição Extra.
Na época, a secretaria de Estado de Comunicação foi apontada como o local de origem dos contratos supostamente fraudulentos. Dois ex-secretários adjuntos chegaram a ser presos na ocasião. Ao todo, 16 mandados de busca e apreensão foram cumpridos. Sócios-proprietários da Gráfica Print, Fábio e Dalmi Defanti também chegaram a ficar detidos por quase uma semana.
A portaria que determinou a instauração do processo administrativo contra a Gráfica Print na Seduc foi publicada no Diário Oficial que circulou na última sexta-feira (27). A mesma edição trouxe ainda outras duas portarias da Pasta instaurando processos semelhantes contra empreiteiras.
A Aroeira Construções Ltda. é investigada por não ter concluído a construção de uma escola em Alta Floresta. A unidade educacional teria 12 salas de aula, sala de informática, biblioteca e quadra poliesportiva coberta com arquibancada.
Já a Construtura Alicerce é acusada de não ter executado um contrato firmado em março de 2013 com o Conselho Deliberativo da Comunidade Escolar Estadual José Leite de Moraes, localizada em Várzea Grande. A empresa teria que construir um novo espaço na escola que funcionaria como sala de música, além de calçar e cobrir o pátio externo.
Para todos os três processos administrativos foram criadas comissões com três servidores da Pasta. Eles têm 90 dias para concluir as investigações. O prazo pode ser estendido por igual período.