Renan Marcel/ GD
Durante visita à extinta Secretaria Extraordinária da Copa do Mundo (Secopa), nessa quinta-feira (15), o governador Pedro Taques (PDT) foi recebido em um clima de apreensão e incerteza por parte dos servidores.
Oficialmente, a pasta foi encerrada no último dia de dezembro, mas o insucesso na execução de pelo menos 22 obras deixou para a atual administração a atribuição de concluí-las.
Por isso, os servidores questionaram como será feita a continuidade dos trabalhos, temendo, principalmente, o corte de pessoal previamente anunciado pelo pedetista quando assumiu o Palácio Paiaguás.
Taques tentou tranquilizar os funcionários, mas reafirmou corte de comissionados.
O governador ainda informou que no início de fevereiro uma audiência pública deve expor os números e informações obtidos nas auditorias dos contratos da Secopa. E assegurou que todas as obras serão concluídas.
A principal preocupação da sociedade é em relação ao Veículo Leves sobre Trilhos (VLT), pelo qual já foi pago quase R$ 1 bilhão dos R$ 1,4 bi orçados no projeto.
“Na audiência vamos mostrar o que foi pago, como foi pago, quanto falta. O que falta e o que vamos fazer”, disse o governador.
Taques também aproveitou a oportunidade para refazer críticas às obras. Para ele, existem intervenções com erros primários: “O viaduto da UFMT é uma vergonha para engenharia e o da Sefaz, uma brincadeira”, disparou antes de afirmar que “de fato, algo de muito errado aconteceu com essas obras”.
As construções antes administradas pela Secopa agora serão geridas tanto pelo Gabinete de Projetos Estratégicos, quanto pela Secretaria de Cidades, sob responsabilidade de Gustavo de Oliveira e Eduardo Chiletto, respectivamente.
Oliveira esteve reunido com o Consórcio do VLT também nessa quinta-feira (15), antes da visita do governador, e assegurou à imprensa que as empresas não vão abandonar a obra, conforme foi ventilado por parte da imprensa cuiabana.
Segundo ele, o Governo e o Consórcio devem elaborar um novo cronograma físico-financeiro para conclusão do modal.
O secretário ainda informou que o contrato do VLT está suspenso desde dezembro, por falta de pagamento por parte da gestão Silval Barbosa (PMDB). As empresas estariam há mais de 90 dias sem receber. Mesmo assim, teriam entendido o momento do atual governo, que suspendeu pagamentos realiza as auditorias de contratos da gestão anterior.