O Ministério da Saúde Nacional divulgou, nesta terça-feira
(8), mais 1.767 casos suspeitos de microcefalia, em 422 municípios.
Em uma semana, o número de casos suspeitos de microcefalia
passou de 1.248 para 1.761, um aumento de 41%.
Apesar de Mato Grosso já ter 76 casos suspeitos de
microcefalia, o Estado não aparece na lista divulgada pelo Ministério de Saúde.
O Governo também investiga a morte de 19 bebês com suspeita
de microcefalia. Eles teriam sido acometidas de infecção pelo zika vírus.
Os 19 óbitos aconteceram nos estados do Rio Grande do Norte
(7), Sergipe (4), Rio de Janeiro (2), Maranhão (1), Bahia (2), Ceará (1),
Paraíba (1) e Piauí (1).
A microcefalia é quando o bebê nasce com cérebro menor do
que o esperado (perímetro menor ou igual a 32 cm para bebês a termo).
A doença compromete o desenvolvimento da criança em 90% dos
casos.
O perímetro foi redefinido pelo Ministério de Saúde no
último dia 4 de dezembro. Antes, o perímetro do cérebro para ser considerada
microcefalia tinha que ser menor que 33 cm.
De acordo com a assessoria de imprensa da Secretaria de
Estado da Saúde, o motivo de as suspeitas dos casos de Mato Grosso não estarem
no levantamento divulgado nacionalmente é que ainda não houve adequação ao novo
perímetro, divulgado na última sexta-feira (4).
Outro motivo seria o feriado que foi antecipado para
segunda-feira (7) e, de acordo com a
assessoria, não houve tempo de se lançarem dados no sistema.
O Estado com maior número de casos continua sendo Pernambuco,
com um total de 804.
Em seguida, estão Paraíba (316), Bahia (180), Rio Grande do
Norte (106), Sergipe (96), Alagoas (81), Ceará (40), Maranhão (37), Piauí (36),
Tocantins (29), Rio de Janeiro (23), Mato Grosso do Sul (9), Goiás (3) e
Distrito Federal (1).
Mato Grosso deve entrar na lista, assim que estiver com os
dados do sistema atualizado, o que deve ocorrer nos próximos dias.
Vacina
Em entrevista coletiva, em Brasília, na manhã desta
terça-feira, o diretor do Departamento de Vigilância de Doenças Transmissíveis
do Ministério da Saúde, Cláudio Maierovitch, disse que ainda pode demorar sair
o resultado de uma vacina contra o zika vírus.
Segundo ele, o tempo de desenvolvimento de vacina é um tempo
longo porque os estudos clínicos são demorados. “É algo em torno de dez
anos, supondo que as coisas deem certo”, afirmou.
Na última sexta-feira (4), o Ministério da Saúde informou
que mudaria os critérios que classificam uma criança com microcefalia.
A mudança passou a valer em todo o país na segunda-feira,
quando foi fechado o texto de um novo protocolo a ser adotado por cada governo
local.
Até então, a pasta considerava que bebês com circunferência
da cabeça igual ou menor a 33 cm tinham a malformação.
O novo parâmetro passa a apontar microcefalia em crianças
com cabeça medindo 32 cm ou menos de circunferência.