Saúde

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Doze municípios de Mato Grosso foram incluídos, pelo Ministério da Saúde, na lista de prioridades da União e, até o fim de 2010, devem ser realizadas ações que culminem na redução da mortalidade infantil (crianças com menos de um ano de idade).  Das 141 cidades em Mato Grosso, foram elencadas pelo Ministério da Saúde para ações prioritárias: Cuiabá, Várzea Grande, Rondonópolis, Cáceres, Sinop, Barra do Garças, Tangará da Serra, Alta Floresta, Juína, Poconé e Sorriso. O ministério observou as estatísticas do Estado por um período de sete anos (2000-2007). A medida integra o Pacto pela Redução da Mortalidade Infantil Nordeste-Amazônia, lançado ainda em 2008, visa construir uma estratégia com governadores do Nordeste e Amazônia Legal para acelerar o enfrentamento do problema. A meta é a redução da mortalidade infantil em no mínimo 5% ao ano nestas regiões, com foco nos óbitos neonatais, isto é, de zero a 27 dias. O governo comprometeu-se, ao lado das unidades federativas, a colocar em prática uma série de medidas com objetivo de diminuir os índices.

Entre 2000 e 2007, Mato Grosso registrou 7.469 óbitos infantis em crianças idade inferiores a um ano. No ranking estadual, o maior número de mortes ocorreu em Cuiabá (1.313), seguida por Várzea Grande (639), Rondonópolis (407), Cáceres (319) e Sinop (257). O ministério elaborou um plano de ação que prevê recursos financeiros – R$ 110 milhões para investimento e custeio – e apoio técnico aos 17 Estados do Nordeste e Amazônia Legal para a elaboração e a implementação de roteiros estaduais, em consonância com o Pacto Nacional pela Redução da Mortalidade Materna e Neonatal e o Pacto Pela Saúde, firmado pelos gestores do SUS nos respectivos termos de compromissos de gestão.

Para Mato Grosso, segundo o Ministério, reservaram-se R$ 6,2 milhões para aumentar o número de equipes de Saúde da Família; investir em Núcleos de Apoio à Saúde da Família (NASF); ampliar oferta de leitos de UTI neonatal; leitos de UCI; bancos de leite humano.

Em Cuiabá, o elevado índice de mortalidade já levou o Ministério Público do Estado a instaurar inquérito civil para apurar a causa do problema já que levando-se em conta que a média de morbidade hospitalar na capital mostra-se superior à verificada no próprio Estado, além de Alagoas, Piauí e Maranhão, bem como cidades como Manaus, Campo Grande e Porto Velho.

Dados do Ministério da Saúde revelam que enquanto os Estados do Maranhão e Rondônia apresentaram, de janeiro a novembro de 2009, um índice de 2,86 e 1,64, respectivamente, Cuiabá apresentou 9,73, apontou o Ministério Público.

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