Só Cuiabá e mais três sedes estão no prazo, diz Veja

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Das 12 cidades que vão sediar jogos da Copa do Mundo de 2014, Cuiabá é uma das poucas que têm seu cronograma de construção do novo estádio em estágio dos mais avançados. 

Ao lado de Salvador (BA), Belo Horizonte (MG) e Brasília (DF), a capital de Mato Grosso está com a construção da futura praça de esportes em um ritmo bastante acelerado, conforme estabelecido na carta de intenções firmada entre o Governo do Estado e a Fifa, em 2009.

A Arena Pantanal (Verdão), juntamente com a Arena Fonte Nova, o novo Mineirão e o Estádio Nacional, recebeu o carimbo de "no prazo", conforme um levantamento das revistas Veja e Placar sobre o quadro das obras dos futuros estádios, faltando pouco menos de três anos para o Mundial.

As demais arenas ou estão "atrasadas" ou "muito atrasadas", o que levou a publicação a levantar, até mesmo, dúvidas sobre a capacidade de o Brasil "receber com dignidade" a 20ª Copa do Mundo. 

Até 2014, segundo Veja, as 12 cidades-sede terão de melhorar a infraestrutura urbana, aumentar a oferta de pousos e decolagens nos aeroportos e finalizar estádios, que, hoje, "são apenas ruínas, obras vagarosas ou quase nada". Um exemplo é a Arena Corinthians (Itaquerão), cotada para a abertura da Copa e que, até a semana passada, era "um vasto terreno enlameado à espera de fundações".

Quando concluída, a Arena Pantanal, no bairro Verdão, terá capacidade para 43 mil torcedores e terá custado R$ 355 milhões. A obra foi iniciada em abril de 2010, com a previsão de término em dezembro de 2012. 

Já estão sendo fixados os pilares, o que representa 25% da obra concluída. O modelo de contrato é público, uma vez que se trata de obra bancada pelo Governo do Estado. A licitação foi vencida por um consórcio formado por duas gigantes da construção civil no país, a Andrade Gutierrez e a Santa Bárbara Engenharia.

Avanço

Por meio da assessoria, a Agência Estadual de Execução dos Projetos da Copa Pantanal (Agecopa) informou que, no canteiro de obras, a expectativa é de que a construção do estádio avance ainda com mais rapidez, em função da chegada de uma grua importada, prevista para esta semana. "O novo equipamento irá acelerar em 50% o ritmo das obras", afirmou o presidente da Agecopa, Eder Moraes.

Nesse ritmo, já foram recuperados os 90 dias de atraso registrados em virtude do volume anormal de chuvas, entre os meses de dezembro e fevereiro. "Chegou-se a cogitar a necessidade de adoção de um terceiro turno de trabalho, mas isso não será necessário", disse engenheiro responsável pelas obras, João Paulo Curvo.

Além da chegada da grua, já se estão no canteiro de obras as estruturas metálicas da arquibancada, que formarão os assentos dispostos nas áreas norte e sul da Arena Pantanal.

De carona

Na reportagem sobre as obras nas cidades-sede, Veja relata que, a exemplo de Manaus (AM), Cuiabá "pegou carona no mote da sustentabilidade" para garantir presença na Copa de 2014. 

"Sem tradição no futebol, Cuiabá ganhou o direito de sediar a Copa por representar o Pantanal, após vencer disputa com Campo Grande (MS). Com infraestrutura modesta – que se escancara aos turistas já no acanhado Aeroporto Marechal Rondon -, a cidade é certamente uma das que mais poderão se beneficiar dos vultosos investimentos para a Copa do Mundo", disse a reportagem. "Isso, se os projetos saírem do papel", ressalta.

Para a revista, se as obras de Mobilidade Urbana deixarão um legado para a cidade, o mesmo não se pode dizer do estádio. "A Arena Pantanal, a ser construída no lugar do antigo Estádio Verdão, custará R$ 355 milhões e corre grande risco de não trazer retorno financeiro ao Estado", completa.

Estágios

Segundo o levantamento de Veja e Placar, os estágios das oito arenas restantes são os seguintes:

1. Arena Corinthians (SP) – Muito atrasado
2. Maracanã (RJ) – Atrasado
3. Beira-Rio (RS) – Atrasado
4. Arena da Baixada (PR) – Muito atrasado
5. Arena Pernambuco – Atrasado
6. Castelão (CE) – Atrasado
7. Arena das Dunas (RN) – Muito atrasado
8. Arena Amazônia (AM) – Atrasado

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