Sonia Fiori/A Gazeta
Secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, ex-diretor Executivo da Famato, Seneri Paludo, deixa o posto no Mapa até o fim desta semana, para fazer parte da equipe de transição do governo Pedro Taques (PDT), com indicativo de que deverá assumir a Secretaria de Agricultura.
Na nova estrutura da gestão pública, ainda em análise, essa pasta passa a integrar a Secretaria de Desenvolvimento Econômico (Sedec), em modelo que pode sofrer alterações até o início de dezembro, quando deve ser selada a reforma administrativa de Taques. Fonte de A Gazeta revela que o nome de Seneri já seria dado como certo no staff a partir de 1º de janeiro de 2015. Ministro da Agricultura, Neri Geller, já foi comunicado do desligamento.
Seneri confirmou sua decisão de retornar ao Estado, o que deve ocorrer na próxima semana, e ainda o convite para atuar junto a equipe de transição de Pedro Taques. Disse que as conversas são prematuras, que não foi aventada a possibilidade de ele vir a ocupar posto no primeiro escalão, e que qualquer análise sobre esse ambiente seria discorrer sobre hipóteses. “Só me chamaram para fazer parte das ações de transição, apenas isso”. Explicou que pediu seu desligamento ao ministro Geller, lembrando ter sido o período em que atuou junto ao Mapa (desde abril de 2014) importante em termos de conhecimento e experiência sobre as políticas do governo federal para a área da agricultura.
Pontuou ainda que no Estado poderá retomar atividades na Famato, em vínculo com a Aprosoja. Reforçou ainda que sua decisão está atrelada a questões de ordem familiar.
Dentro do Ministério da Agricultura, segundo fonte, o assunto é tratado com naturalidade, considerando os trabalhos de Seneri no Estado, junto a Famato, e ainda no Mapa. Ele ajudou a compor o quadro de indicados de Mato Grosso, com Geller, que contou com apoio irrestrito do senador Blairo Maggi (PR) para ocupar a função no comando do ministério.
A saída de Seneri do Mapa foi divulgada em reportagem da Agência Estado, de circulação nacional, em cenário que sugere risco a Geller para permanecer no posto no próximo governo da presidente Dilma Rousseff (PT). Fonte assegura que interlocutores de Mato Grosso, como Maggi, deverão investir politicamente para a permanência do ministro à frente dos trabalhos a partir de 2015.
