Romoaldo chama Eder de louco e defende que Silval venha a público

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Lis Ramalho/GD


O presidente da Assembleia Legislativa, deputado estadual Romoaldo Júnior (PMDB), classificou como “louco” o ex-secretário de Estado de Fazenda, Eder Moraes (PMDB), preso durante a 5ª fase da Operação Ararath, pela Polícia Federal. O parlamentar disse que “deram muito poder na mão de um louco”, se referindo ao ex-governador, hoje senador, Blairo Maggi (PR) e o atual governador Silval Barbosa (PMDB). Moraes foi considerado o homem forte de ambas as gestões. “Deram muito poder para um louco e louco você não tem que analisar, só um psiquiatra pode fazer isso”.

Romoaldo destacou ainda que já teve embates com Eder Moraes, quando ele queria acumular dois cargos. “Cheguei à Assembleia em 2011 e logo que cheguei meu primeiro desafeto foi o Eder. Eu sempre o peitei desde o momento em que ele queria ser chefe da Casa Civil e secretário da Copa. Eu dizia que ele não podia acumular poder, quem tem que acumular poder é o governador que foi eleito para isso”.

Após o escândalo da Operação, que atingiu diretamente Barbosa, que teve mandado de busca e apreensão, em sua residência cumprido, e resultou na detenção do governador por posse ilegal de arma, Romoaldo defende que Silval deva vir a público se explicar. O deputado foi ao final da manhã desta quinta-feira (29), no gabinete do chefe do Palácio Paiaguás, para cobrar um posicionamento.

“Eu acho que ele (Silval) tem que vir a público sim. Mas, o governador, como qualquer ser humano, sente quando acontece esse tipo de situação. Primeiro foi a operação na Setas, que a esposa dele, a primeira dama, Roseli Barbosa era a secretária, depois essa”.

Questionado sobre a documentação apreendida na casa de Eder Moraes, inclusive com os nomes de Silval, Maggi, ex e atuais deputados, o presidente do Legislativo mato-grossense disse que tem que apurar a veracidade e não acredita no envolvimento de Barbosa e Blairo.

Para ele, Moraes usava desses documentos para se fortalecer. “O louco guarda coisas embaixo da cama achando que aquilo pode ser remédio. Ele achou que guardando coisas de todo mundo, ele podia se fortalecer. Acredito que ele ganhou a confiança e ficou no poder fazendo as coisas erradas, só que eu não acredito que tinha consentimento de Blairo e Silval”.

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