Riva: “Há uma obsessão em denegrir minha imagem”

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Eleito deputado estadual com 93.594 votos, José Riva (PP) rechaçou, nesta terça-feira (19), as denúncias de crimes eleitorais em sua campanha de 2006, que resultaram na cassação de seu mandato. 

Em entrevista à Rádio Cidade, o líder progressista se disse perseguido e atacou a Justiça Eleitoral, no que diz respeito aos processos a que responde na instituição. Segundo ele, as denúncias anônimas têm muito mais validade do que a sua defesa.

Recentemente, Riva teve seu mandato cassado por duas vezes. A primeira condenação está relacionada a uma suposta compra de votos, na campanha de 2006, em Santo Antonio do Leverger (34 km ao Sul de Cuiabá).

Na segunda, o político foi cassado por supostos gastos ilícitos na mesma campanha. Ele foi acusado de distribuir tickets combustíveis e promover um jantar para eleitores em Tangará da Serra (239 km a Noroeste da Capital).

Prazer em bater

"Nessa última campanha, as pessoas tinham prazer em bater no deputado Riva. Muitos candidatos não apresentavam nem propostas nos comícios, somente batiam em mim. As pessoas acham bonito falar do Riva. Eu digo que virei a "Geni" da política. Acho que mereço o mínimo de respeito pelos mais 93 mil votos que fiz, assim como respeito a sociedade mato-grossense e faço de tudo para honrar meu mandato", afirmou Riva.

O parlamentar eleito explicou como se deram os fatos que resultaram na sua cassação por suposta compra de votos, em Leverger – decisão que, segundo ele, é um "absurdo". Ele disse ter certeza de que, quando o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) apreciar o processo,  será absolvido, mesmo considerando que será tarde, uma vez que esse tipo de julgamento traz um desgaste para sua imagem.

"Encontraram uma nota de remédio e uma agenda com algumas anotações com um vereador, sendo que ele não era nem meu coordenador de campanha. Esse vereador, por sinal, tem muita ligação com o pessoal da comunidade indígena e, sempre quando passa por lá, pedem para que ele compre remédio. Mas, ora, atribuir isso ao deputado Riva é cumulo do absurdo", afirmou.

Provas

Sobre a acusação de promover um jantar para eleitores e distribuir tickets combustíveis em Tangará, Riva disse que apresentou todas as provas de que não houve os crimes que lhe foi imputado. Essas provas, segundo ele, foram reconhecidas pelo relator do processo, que deu voto contrário à cassação.

No entanto, três magistrados do TRE-MT discordaram do voto do relator e ainda incluiu no processo o deputado federal Eliene Lima (PP), que, segundo, Riva teve seu diploma cassado mesmo não estando presente no município, naquela ocasião.

"Cheguei à cidade de Tangará debaixo de chuva, para uma reunião com um pequeno grupo que me apoiava. Em função do tempo, buscamos refúgio em um posto de gasolina e me acusaram de estar distribuindo combustível. Em seguida, fomos para uma reunião no Tangará Tênis Clube, um local chique da cidade, onde fiquei 15 minutos e fui embora. E fui acusado de promover um churrasco aos miseráveis, aos pobres… Curioso que nos processos que respondo cabe a mim o ônus da prova", disse o parlamentar.

Riva destacou ainda que, quando as denúncias são contra sua pessoa, os casos ganham maior repercussão, no cenário político.

"Não tinha preocupação com o caso de Tangará. De repente, fazer virar um jantar onde não tinha me causa preocupação, uma vez que, quando o caso envolve o deputado Riva, as coisas ganham uma dimensão diferente. Respeito qualquer decisão judicial, mas recorro e vou até a última instância, pois entendo que ninguém pode abrir mão de sua ampla defesa, principalmente quando você acha que está correto". afirmou.

Trabalho

Segundo José Riva, sua vitória com mais de 93 mil votos é fruto do trabalho que desenvolveu durante os 16 anos de mandato. Ele falou das dificuldades que enfrentou, como ter perdido o cargo de deputado 90 dias antes das eleições e na véspera do registro de candidatura.

"Fiz 93.594 votos. Jamais seria possível comprar essa quantia de votos. Imagina você perder o cargo de presidente da Assembleia Legislativa faltando 90 dias para eleição, disputar com 200 candidatos espalhando pelo Estado que eu não era candidato e que não ia assumir. Só tenho que agradecer aos meus eleitores e a Deus. Isso é coisa de Deus. Em determinados momentos, achei que ia sucumbir, porque é muita coisa", completou Riva.

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