Riva articula Educação para PSD; enfraquecido, PT perderá espaço

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O cacique José Riva está deixando o PP e vai transformar o PSD numa das maiores siglas do Estado e já reivindica junto ao governador Silval  pasta da Educação, hoje sob grupo petista liderado por Ságuas Moraes e Carlos Abicalil

  O presidente da Assembleia, deputado José Riva, que está deixando o PP para fundar o PSD no Estado, pleiteia para o novo partido a Educação, detentora da maior estrutura da máquina estatal. O PT, por sua vez, começa a se movimentar para não perder a pasta. Enquanto Riva vai transformar o PSD numa das maiores siglas em âmbito regional, com cooptação de quase 50 prefeitos, mais de 300 vereadores, 5 deputados estaduais e 3 federais, o petismo se mostra enfraquecido quanto à ocupação de cargos eletivos. Seus principais líderes e integrantes de correntes diferentes foram derrotados nas urnas e, por causa disso, correm o risco de perderem o comando da Educação.

    Depois de embates duros e diretos com Blairo Maggi, eleito duas vezes governador, o PT saiu da oposição e se aliou ao então chefe do Executivo. Com Ságuas Moraes passou a conduzir a Educação, que "abocanha" mais de R$ 1 bilhão do orçamento anual de R$ 12 bilhões. No ano passado, Ságuas deixou a pasta para concorrer a deputado federal e, mesmo com o governo Silval Barbosa, o partido continuou na Seduc. Agora, o governador fez os cálculos e percebeu que o PT não possui mais força política como antes e está prestes a atender a reivindicação de Riva.

   Depois da derrota ao Senado, Carlos Abicalil não só deixou a presidência estadual do PT como passou a atuar em Brasília, em um cargo no Ministério da Educação. Ságuas perdeu a vaga de deputado federal por causa da decisão do Supremo Tribunal Federal de adiar para a próxima eleição a lei da Ficha Limpa, o que implica na validação dos votos sub judice, vindo a beneficiar com a cadeira o tucano Nilson Leitão. A ex-senadora Serys Marly, de outro grupo petista, também amargou derrota para deputada federal, assim como os ex-deputados estaduais Verinha Araújo e Alexandre Cesar, que ficou na suplência e hoje atua na Assembleia no lugar do titular Mauro Savi (PR). Do PT, só restaram com mandatos eletivos o deputado estadual Ademir Brunetto, 115 vereadores, 15 prefeitos e 17 vice.

   Exímio articulador político, Riva percebeu que o PT perdeu espaço e já se reuniu com o governador para brigar pela Seduc, principalmente neste momento em que o Sintep, vinculado ao petismo, levou parte dos profissionais da educação a deflagrar greve. Silval ponderou para o cacique político que pode, sim, atender ao pleito. Admite que o novo partido, por se identificar como futuro aliado, terá espaço no primeiro escalão.


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