Demitido do Fluminense em abril, Renato Gaúcho afirma não ter visto diferença no trabalho realizado pelo seu sucessor, Critovão Borges. Segundo ele, depois de todos os problemas vividos pelo Tricolor em 2013, nos primeiros meses desta temporada, ele acertou resolveu muitos problemas, deixando tudo pronto para o substituto. Apontando os fracassos da equipe em 2014, o técnico questiona se a decisão do presidente Peter Siemsen em demiti-lo não foi equivocada.
– O que mudou? Eu deixei tudo pronto para o Cristóvão. Recuperei os jogadores todos. E o Cristóvão é amigo meu, me dou muito bem com ele. Mas os problemas todos eu resolvi. Cristóvão chegou com tudo pronto, tudo bonito. Saiu da Copa do Brasil daquele jeito (goleada para ao América-RN no Maracanã), uma semana depois em dois jogos saiu da Sul-Americana (contra o Goiás) e não conseguiu ir para a Libertadores. Eu te pergunto: e aí? Será que o Peter não se precipitou? Mas, não vou me meter. Peguei muitos problemas pelo que o clube viveu ano passado, as cobranças da imprensa, de todo mundo. E aí, daqui a pouco, por outros problemas que não vale a pena eu tocar agora, estourou em mim – afirmou Renato, em entrevista ao site Globoesporte.com, prosseguindo nas críticas:
– Ia trocar por que, caramba? Se fosse por isso, o Cristóvão disputou três campeonatos e deu no que deu. Nos outros clubes, treinadores perderam dois, três campeonatos, e continuaram. O cara que entende um pouquinho de futebol, que é um pouquinho inteligente, vai juntar as coisas e ver o que aconteceu no Fluminense. Só isso. Mas está tranquilo. Cheguei pela porta da frente, como vice-campeão brasileiro (com o Grêmio, em 2013), e fui embora muito tranquilo. E até hoje todo mundo me liga. Jogadores, empregados, comissão.
Renato foi demitido por decisão do presidente Peter, após as derrotas para o Vasco no Campeonato Carioca e para o Horizonte (CE), por 3 a 1, na estreia da equipe na Copa do Brasil. Na opinião dele, o mandatário tricolor foi influenciado na decisão para demiti-lo.
O Peter não tinha ninguém buzinando no ouvido dele. Se tivesse alguém no ouvido dele, talvez não segurasse o Cristóvão. Foi o (Ricardo) Tenório, que era o cara que tinha de falar da demissão na época (ex-vice de futebol). Me dou com o presidente, só acho que ele escutou quem não deveria ter escutado. Mais nada. Tanto é que foi provado no restante do ano – disse Renato, reconhecendo que este papel foi exercido pelo ex-diretor geral do Fluminense, Jackson Vasconcelos:
– Era um cara que estava no ouvido do presidente todos os dias, que o presidente escutava. Se você não entende, fica calado. Eu ouvia falar desse cara aí. Ouvia que era uma pessoa que o presidente escutava.