Relator pede cassação de Silval; TRE adia julgamento

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O julgamento da prestação de contas do governador Silval Barbosa (PMDB), relativas à campanha eleitoral de 2010, marcada para a noite desta segunda-feira (7), foi adiada pelo Pleno do Tribunal Regional Eleitoral.

O relator do processo, juiz federal Jefferson Schneider, votou pela reprovação das contas do governador, mas o juiz Sebastião de Arruda Almeida pediu vistas, o que provocou o adiamento da votação.

Em suas alegações em favor da reprovação, o juiz Schneider afirmou que a prestação de contas do governador, que disputou a reeleição no ano passado, tem muitas irregularidades.

Nesse caso, ele aceitou parecer do Ministério Público Eleitoral, que apontou o desconto irregular por meio dos chamados “cheques guarda-chuva”. Silval teria sacado, pelo menos, R$ 11 milhões, o que corresponderia a 50% dos recursos que o então candidato a governador arrecadou no decorrer da campanha.

O representante do MPE, o procurador regional eleitoral Tiago Lemos, citou a inexistência de recibos das despesas pagas com dinheiro em espécie e até superfaturamento de serviços. 

Lemos solicitou a cassação do mandato do governador e de seu vice Chico Daltro (PP), com o aumento de que existiria um suposto caixa 2. 

O advogado de Silval, Francisco Faiad, como dissera anteriormente ao MidiaNews, afirmou que os cheques foram utilizados para quitar toda a folha de pagamento. 

O TRE não definiu uma nova data para o julgamento do caso.

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