A coligação PMDB-PT- PR, base de sustentação do projeto de reeleição do governador Silval Barbosa, decidiu estender a aliança para as chapas proporcionais, nas eleições de outubro.
A consolidação da parceria para a Assembleia Legislativa e Câmara Federal é motivada pelo alto número de votos a ser atingido pela coligação ou partido para eleger um representante. O coeficiente eleitoral para eleger um deputado estadual corresponde a 67,6 mil votos, ao passo que na Câmara Federal chega a 197,6 mil.
"Já está tudo pacificado e garantido que vamos caminhar juntos nas eleições de outubro", assegurou o governador Silval Barbosa. Anteriormente, os peemedebistas resistiam em coligar-se com republicanos e petistas nas proporcionais. O mais ferrenho opositor era o deputado estadual Adalto de Freitas, o Daltinho.
De acordo com Nico Baracat, chefe de gabinete do governador Silval Barbosa, e que participou das discussões na condição de secretário-geral do PMDB, houve consenso das três comissões partidárias que discutiam a formação das chapas proporcionais, diante da necessidade de construir unidade em torno dos projetos político-partidários.
"Os líderes partidários das três legendas se reuniram na última semana e decidiram estender a aliança, até porque ela será benéfica aos projetos de eleger um grande número de representantes no Legislativo, Silval Barbosa ao Palácio Paiaguás e Dilma Roussef à Presidência da República", destacou Baracat.
Mudança de comportamento
Antes contrário à aliança com PT e PR na disputa proporcional, o deputado estadual Adalto de Freitas afirmou que não vê problemas na composição. O parlamentar alegou que, anteriormente, havia uma pressão de dirigentes do PR que lhe gerava incômodo.
"Havia uma tentativa de imposição do PR que decidi não aceitar. Entendia que seria mais prudente aguardar a definição do PT, o que já ocorreu. Então, não há mais problemas", afirmou o deputado.
Daltinho alertou ainda que uma aliança do PMDB somente com republicanos não seria benéfica e considera os petistas essenciais para atingir êxito. "Não faríamos uma parceria com a corda no pescoço para somar apenas com o PR e sem a devida mapeação dos pré-candidatos nas regiões. Com o PT, teremos uma chapa com mais condições estruturais de atingirmos bom resultado", disse.
Metas
A perspectiva do chapão é eleger quatro deputados federais e preencher uma média de 12 vagas na Assembleia Legislativa. "Podemos chegar de 10 a 12 deputados estaduais e três a quatro federais, porque as três legendas detêm candidatos com capilaridade em todo o Mato Grosso", observou Daltinho.
Levando em consideração as três legendas, os nomes considerados fortes para a disputa na Assembleia Legislativa são: Mauro Savi, Wagner Ramos, J. Barreto, Sérgio Ricardo, Sebastião Rezende, João Malheiros, Francisco Vuolo, Nilson Santos, Baiano Filho, Mauro Garcia [presidente da Câmara Municipal de Sinop], Tetê Bezerra, Wallace Guimarães, Ademir Brunetto e Vera de Araújo, a Verinha.
Para a Câmara Federal, os nomes mais em evidência são Wellington Fagundes, Homero Pereira, Carlos Bezerra e Ságuas Moraes.
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