Um dos idealizadores do Partido Social Democrático (PSD) em Mato Grosso, o presidente da Assembleia Legislativa, deputado estadual José Riva (PP), afirmou que a nova sigla tem rejeitado e continuará rejeitando políticos que não tiverem o perfil desejado pela cúpula da legenda, no Estado. O objetivo é evitar a possibilidade de futuras "rachaduras".
Riva observou que é essencial que haja comprometimento por parte dos novos correligionários, característica que não marcaria alguns gestores municipais em Mato Grosso, conforme deixou transparecer.
"Tem que haver comprometimento. Você marca a reunião e a pessoa não comparece ou dá a palavra e não cumpre. Eu odeio pessoas sem palavra, sem compromisso. Nós já rejeitamos a filiação de alguns [líderes políticos]. Nada contra eles, mas não adianta entrar em um partido novo já com rachaduras. Temos que filtrar, selecionar, não adianta querer abraçar o mundo", avaliou.
O momento, segundo Riva, é de aglutinar, dentro do PSD, políticos que compartilhem dos mesmos ideais e que, por possibilidade de perderem os cargos que ocupam, não migraram para o PP.
"Ao longo de 16 anos como deputado, eu encontrei parceiros que estão no DEM, PSDB e, até mesmo, no PT e que me apoiaram nas eleições. Porém, não existia a possibilidade de organizarmos, até então, tudo em um única sigla. Se fosse no PP, eles perderiam o mandato. Então, em Mato Grosso, o PSD é fruto dessa relação de 10 a 15 anos", disse Riva.
A respeito de sua saída do PP, o parlamentar afirmou que sai pela "porta da frente", sem nenhum tipo de rixa com o presidente estadual, o atual secretário de Estado de Saúde, deputado federal licenciado Pedro Henry. "Eu e Henry somos amigos e só estou saindo porque não dá para agregar todo o grupo que formamos aqui dentro do PP", explicou o deputado.
