Professores mantem greve, mesmo com ilegalidade

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Os professores da rede estadual de ensino decidiram continuar com a greve, em assembleia-geral realizada nesta segunda-feira (27), no Colégio Presidente Médici. A paralisação foi iniciada no dia 6 passado e no dia 21 teve declarada sua ilegalidade, por meio de ação movida pela Procuradoria Geral de Mato Grosso (PGE-MT).

Conforme o presidente do Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público de Mato Grosso (Sintep), Gilmar Soares Ferreira, mesmo com a ação, a greve continua enquanto não houver, ao menos, uma negociação intermediária entre a categoria e o Governo do Estado.

A principal reivindicação dos professores um aumento imediato do piso salarial para R$ 1.312. Segundo Gilmar, enquanto a categoria quer ainda para este semestre o reajuste, o Governo do Estado sinalizou para um aumento apenas em dezembro.

"A greve continua até o Governo apresentar, no mínimo, uma proposta intermediária, um meio-termo, entre o que queremos e o que eles querem. Enquanto isso, vamos continuar acampados e com nossa luta sem trégua", afirmou o sindicalista.

Como penalidade pela continuidade da greve, o sindicato da categoria deve pagar um multa diária de até R$ 50 mil. A respeito da punição, Gilmar disse que tanto ilegalidades como suas penas nunca foram motivos para término de outras paralisações.

"Uma ilegalidade nunca foi impedimento e não será agora. Em outras vezes, já passamos por isso e nós nunca pagamos multa. Se essa for a primeira vez, pagaremos, mas não vamos aceitar da forma que estamos sendo levados", disse.

O sindicalista ainda destacou que o acampamento na Praça Ulisses Guimarães, na Avenida do CPA, permanece e que, a partir de hoje. outras manifestações, passeatas e panfletagens devem ocorrer diariamente.

Reivindicações da categoria

Além do aumento imediato do piso salarial para R$ 1.312, o Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público de Mato Grosso pede a convocação dos aprovados ou classificados no último concurso público, também de forma imediata. Outra cobrança é que um novo concurso público seja realizado.

De acordo com o Sintep, atualmente, a rede possui entre 11 e 12 mil professores e, para o ensino funcionar de forma eficaz, seriam necessários pelo menos 17 mil profissionais.

Conforme o presidente do Sintep, Gilmar Soares Ferreira, com a convocação dos concursados. seriam mais 1,5 mil professores e ainda mil profissionais para o apoio técnico das escolas.

Com o movimento de paralisação, mais de 445 mil alunos estão sendo prejudicados

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