Presidente da Lemat tem missão de trazer recursos da União para Estado

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 Com uma estrutura de apenas 4 funcionários e salários que variam de R$ 4 mil a R$ 7,5 mil, a recém recriada Loteria Estadual de Mato Grosso (Lemat) tem a missão de trazer para o Estado a arrecadação que hoje vai diretamente para os cofres da União. Nos bastidores, a informação é de que apenas no primeiro ano de funcionamento, as “raspadinhas” e “mega-sena” podem rechear o erário mato-grossense, que hoje vive um arrocho sem precedentes, com um montante superior a R$ 3 milhões em arrecadação.

     Mesmo com uma estrutura enxuta, entretanto, o presidente da loteria, Manoel Antônio Garcia Palma, o Toco Palma, filho de Rodrigues Palma, 2º suplente do senador Blairo Maggi (PR), garante que com a ajuda de servidores da secretaria estadual de Fazenda, a qual é vinculada, a Lemat já está com todo seu planejamento estratégico concluído e em breve o Termo de Referência e o edital do processo licitatório estarão prontos para serem lançados no mercado. A expectativa é de que até junho a iniciativa privada já esteja disputando a concessão da loteria de Mato Grosso, com sede no Aecim Tocantis, no lugar onde funcionava a extinta Agecopa.

     A Lemat, que surge como uma alternativa de arrecadação para o Estado, cujo objetivo em 2012 é sanar o déficit de R$ 1,1 bilhão do erário, contará com 4 modalidades de jogos e os números indicam que este talvez realmente seja um bom "plano b" para, pelo menos, ajudar a impulsionar a arrecadação da máquina estadual, já que os mato-grossenses parecem gostar de fazer uma “fézinha”. Em 2010, apenas em loterias da Caixa Econômica, Mato Grosso apostou cerca de R$ 53 milhões. Acontece que, deste total, somente R$ 2,3 milhões ficaram no Estado, o restante foi diretamente depositado nos cofres da União. Agora, com a implantação da loteria estadual, todo o dinheiro arrecadado será investido no Estado.

     A prioridade de investimento de tudo que for arrecadado será o fundo de desporto, que ficará com 7% da fatia para manutenção de estádios, atendimento de clubes de futebol e outras modalidades esportivas. Já outros 3% serão destinados à área social, de preferência para construção e manutenção de creches, centros comunitários, casas de amparo e de recuperação e financiamentos de programas sociais. “Mato Grosso está seguindo o exemplo de outros 12 Estados e a vantagem é que além dos empregos diretos que a loteria estadual vai gerar, pela contratação de funcionários em todos os pontos de jogos, todo o dinheiro será investido aqui”, enfatiza Toco Palma.

     A lei de criação de Lemat é de 1953, quando o Estado ainda era governado por Fernando Corrêa da Costa. A loteria, contudo, só foi ativada no governo Júlio Campos (1983 a 1986) e acabou desativada pelo mesmo governador. Sua reativação foi proposta em 2007 pelo deputado estadual José Riva (PSD). A nova regulamentação da autarquia, por sua vez, só foi publicada em novembro do ano passado.

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