PR deixa base aliada de Dilma; Maggi defende entrega de cargos

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Os republicanos deixaram a base de sustentação da presidente Dilma Rousseff (PT). O anuncio foi feito  pelo ex-ministro de Transportes, Alfredo Nascimento, em discurso no plenário do Senado.  Da bancada de Mato Grosso, Blairo Maggi avalia que não existe mais razão para o PR continuar fiel a Dilma. “Agora teremos liberdade de atuação tanto na Câmara quanto no Senado. As duas Casas estarão na mesma posição sem constrangimento algum”, destacou.

     Ele foi enfático ao defender a entrega dos cargos ocupados no governo. “O PR está buscando uma alternativa. Ele não faz parte do governo, portanto, vai assumir uma posição independente e mais crítica com relação ao governo. Isso não significa ir para oposição, mas, ter uma atuação mais livre. É votar os projetos de governo com o governo e os projetos partidários, que fazem parte de programas e partidos de quem está no poder, de forma mais independente, da maneira que avaliarmos ser melhor”, declarou.

     O mesmo posicionamento de independência é mantido na Câmara Federal. O líder do partido na Casa, Lincoln Portela (MG), disse pouco antes do pronunciamento de Alfredo Nascimento que o PR não fará parte da base aliada do governo também no Congresso. “O Partido da República não é mais da base de apoio da presidente Dilma. O partido continua apoiando as iniciativas, apoiando o governo, pois, acreditamos nesse governo e continuaremos com ele. Queremos, porém, dar uma tranquilidade maior ao governo para que ele possa caminhar com sua base com o PR um pouco mais distante”, declarou.

     Durante à tarde desta terça, a cúpula do PR decidiu homologar e anunciar que não faz mais parte da base aliada. A insatisfação dos republicanos começou após uma denúncia superfaturamento no Ministério do Transportes feita pela revista semanal Veja. A reportagem provocou a demissão de mais de 20 pessoas suspeitas de envolvimento em irregularidades. A cúpula do PR reclama que os envolvidos sequer foram chamados a prestar esclarecimentos pela presidente. Também reclamam que ela não teve o mesmo rigor em relação aos aliados do PT e PMDB envolvidos em escândalos.


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