PR avalia se senador Maggi não tem “telhado de vidro”

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A cúpula do Partido da República (PR) confirmou, no começo da noite desta quinta-feira (7), que está avaliando a possibilidade de indicar o senador Blairo Maggi para assumir o Ministério dos Transportes, no lugar do também republicano Alfredo Nascimento. 

O ministro foi exonerado após as denúncias de pagamento de propinas por meio do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), na quarta-feira (6). O diretor da autarquia, o mato-grossense Luiz Antonio Pagot, foi afastado, entrou em férias, mas será demitido, segundo a Casa Civil da Presidência da República.

Segundo informações da Folha Online, na reunião de hoje da cúpula do PR, em Brasília, os líderes Lincoln Portela (PR-MG), Magno Malta (ES) e o ex-ministro Nascimento comentaram sobre a possibilidade de Maggi assumir o ministério.

O senador mato-grossense, que estava presente ao encontro, pediu um tempo para avaliar a situação de suas empresas para resolver se aceitaria ou não assumir o posto em nome do partido. 

"Ele é um bom nome, mas tem muitas coisas pendentes, coisas de suas empresas para resolver. Ele tem cerca de 5.000 funcionários, tem que ver se vai dar conta", disse Lincoln Portela. 

Na prática, conforme se apurou, a cúpula do partido quer esperar para ver o que realmente pesa contra o senador. Qualquer ação trabalhista, por exemplo, poderia ser um "telhado de vidro" para o ministro que assumir no lugar de Nascimento. 

No encontro com lideranças de seu partido, Alfredo Nascimento disse estar "extremamente chateado" com o episódio que levou à sua saída do Ministério dos Transportes. Nascimento informou que pretende fazer, no Senado, um pronunciamento explicando muitas coisas sobre a pasta que comandou até ontem. 

O deputado Valdemar Costa Neto (PR-SP) não participou do encontro de hoje. Ele será afastado do assunto até pela própria exigência do Palácio do Planalto.

As lideranças do partido também discutiram hoje o seu papel na base aliada. Licoln descartou deixar o Governo, mas ressaltou que muitos defendem uma postura mais independente. "Alguns parlamentares estão muito contrariados, por isso querem mais independência, mas acho que por enquanto tudo é contornável", disse Licoln. 

Um dos que assume estar insatisfeito é o ex-governador do Rio, Anthony Garotinho. Ele alega que há muita coisa mal explicada na saída da cúpula do ministério e na permanência do secretário-executivo, Paulo Sérgio Passos no lugar de Nascimento. 

Ele alega que se a cúpula caiu porque existem irregularidades no Ministério dos Transportes e Passos não sabia é no "mínimo estranho". "Defendo que o partido se reúna e converse sobre isso", disse.

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