A possibilidade de um reflexo negativo nas obras foi levantada diante da crise que atingiu, além do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), a estatal Valec, Engenharia, Construções e Ferrovias S.A. A empresa é a responsável pela execução do trecho de 220 km entre Rondonópolis e Cuiabá.
Nesta quinta-feira (7), o secretário Vuolo viajou para Brasília exatamente para participar da primeira reunião técnica a respeito do trecho da Ferronorte até a Capital mato-grossense.
Além disso, ainda que a Valec passe por mudanças ou reestruturações devido a crise, sua participação na construção da ferrovia será daqui a 18 meses, já que a estatal não será responsável pelo projeto básico, mas sim pela execução das obras.
"O convênio foi assinado entre Governo do Estado, Valec e Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) no dia 20 de junho, e nossa primeira reunião hoje foi muito positiva. A atual situação não afeta a questão da malha ferroviária em Mato Grosso ou ainda do traçado das ferrovias no Estado", disse.
Vuolo ainda confirmou que a previsão para entrega do terminal de Itiquira (357 km ao Sul de Cuiabá), em dezembro deste ano, e Rondonópolis, em 2012, está mantida.
"Os recursos para esses trechos são da própria iniciativa privada, por meio da empresa América Latina Logística, e são garantidos. A outra parte foi liberada pelo BNDES. Portanto, os projetos não sofrerão solução de continuidade", afirmou Vuolo.
Conforme o secretário, no trecho de Itiquira à Rondonópolis serão gastos R$ 750 milhões e o mesmo valor é previsto para a chegada dos trilhos até Cuiabá.
A respeito da Ferrovia de Integração Centro-Oeste (Fico), que terá um trecho de 1.040 km de extensão de Campinorte (GO) a Lucas do Rio Verde (MT-354 km ao Norte de Cuiabá), e também depende da Valec, Vuolo afirmou que ela não será prejudicada pela crise. A ferrovia custará R$ 4,2 bilhões.