PPS agora se divide entre Wilson, Mendes e Silval

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Presidente do Diretório Estadual do PPS, o deputado Percival Muniz disse hoje que não vê nenhuma sinal crise interna na legenda e classificou de "natural" a confusão registrada na última reunião ampliada, que deveria apontar para um indicativo de apoio à pré-candidatura do empresário Mauro Mendes (PSB) ao Governo do Estado, na segunda-feira (15), à noite.

"Foram apenas empurrões de alguns militantes. É natural que todo partido político tenha divergência, confusão… Mas, o mais importante é o resultado na eleição", afirmou o parlamentar, em entrevista ao Midianews.

No encontro promovido pela executiva estadual, no Auditório Milton Figueiredo, da Assembleia Legislativa, militantes socialistas trocaram socos e empurrões. A confusão começou quando o primeiro-secretário, Elismar Bezerra, defendeu em discurso uma aliança do PPS com o pré-candidato ao Governo do Estado pelo PSDB, prefeito Wilson Santos. A ala que defende a composição com Mauro Mendes se revoltou e deu início à confusão.

"A Polícia Militar apareceu, mas ninguém foi preso. Logo saíram, quando percebeu que, na verdade, não tinha confusão alguma", assegurou o parlamentar.

Um novo encontro partidário está marcado para o dia 15 de abril, quando será colocado em votação o indicativo de apoio a algum dos pré-candidatos ao Governo do Estado. "Dos 45 membros, 32 estão com Mauro Mendes, 8 com Wilson Santos e cinco com Silval Barbosa. O partido é democrático e, por isso, vai prevalecer a vontade da maioria", afirmou Percival Muniz.

Bancada

No ocasião, também será discutido a formação da chapa para as eleições proporcionais. O PPS tem a expectativa de seguir no Movimento Mato Grosso Muito Mais e eleger deputado federal o atual estadual Wagner Moura e mais três representantes na Assembleia Legislativa.

Uma das vagas ao Senado também ficará com o partido, porém, o candidato ainda não está definido. Percival admitiu que é pré-candidato, porém, aceita ceder a vaga ao procurador da República, Pedro Taques, que ainda não se decidiu ingressar em nenhuma legenda.

O deputado afirmou, ainda, que as divergências internas não deverão motivar uma intervenção nacional no diretório estadual. O presidente do partido, ex-deputado federal Roberto Freire, defende a coligação com o PSDB para montar unidade em torno do projeto de eleger o governador de São Paulo, José Serra, presidente da República.

"É zero essa chance de intervenção. O Roberto Freire quer mesmo é que apoiemos José Serra e isso é unanimidade. Cada Estado tem sua realidade, por isso que em nove Estados não vamos seguir com PSDB e DEM. O PPS vai seguir outros rumos, por exemplo, na Bahia, Brasília, Ceará e Paraná".

"Percival está desesperado", diz Elismar Bezerra

O primeiro-secretário do PPS, Elismar Bezerra, afirmou que o deputado estadual Percival Muniz está desesperado, diante da disposição da militância do PPS em apoiar o prefeito Wilson Santos (PSDB), na disputa pelo Governo do Estado.

"O Percival está desesperado porque está perdendo apoio de militantes. Toda essa confusão aconteceu por conta de um destempero do grupo que entrou em desespero. Fui discursar a favor da aliança com o PSDB e um militante de Rondonópolis armou a confusão. Não chegaram perto de mim e não fui agredido", disse.

Bezerra ainda criticou o parlamentar: "O Percival Muniz mostrou desrespeito para com a militância. Nossos argumentos para compor com o PSDB são verdadeiros. Temos o apoio de boa parcela do interior. A defesa em torno de outras composições são frágeis, o partido deve respeitar a maioria".

Na contramão do discurso de Percival Muniz, Bezerra garantiu que o partido vai seguir com Wilson Santos. "É triste um partido ficar com essa discussão, mas, são três posições dentro do partido: a maior parte apoia a composição com Wilson Santos, o menor está com Mauro Mendes e um terceiro grupo de prefeitos e vice-prefeitos apoia Silval Barbosa", disse.

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