A decisão favorável do TRE ao presidente da Assembleia José Riva (PSD) pode ter impacto legibilidade do parlamentar. Nesta quinta (14) o Pleno por 4 a 3 rejeitou denúncia formulada pelo Ministério Público que acusava o social-democrata de compra de votos em Santo Antônio do Leverger, nas eleições de 2006.
O advogado de Riva, Valber Melo, alegou que as provas eram ilegais tendo em vista que o mandato de apreensão expedido pela Justiça se limitava a numerários (dinheiro). Em revista a casa do então suplente de vereador Edmar Galio, o Curi (PP), no entanto, a polícia teria levado agendas e outros documentos, o que caracteriza ilegalidade.
A decisão pode causar reviravolta porque Riva havia sido cassado em 2010 justamente por causa deste caso. Como foi após o registro de candidatura, ele pode disputar o pleito, mas estaria inelegível para 2014.
Agora, entretanto, tem um argumento concreto para reverter a punição e se tornar elegível. Para Riva, a documentação que já se encontra no TSE é suficiente para inocentá-lo, mas deve incluir a decisão nos autos. O social-democrata avalia ainda que, enfim, houve justiça, tendo em vista que as provas eram inconsistentes. “Tive o cuidado de analisar decisões similares do TSE e praticamente todas são favoráveis. Tenho certeza que vou ser ficha limpa, não vai gerar condenação”.
Se absolvido no TSE, Riva fica apto para disputar as eleições de 2014, na qual membros de seu partido defendem sua candidatura ao Governo. O social-democrata, por sua vez, garante que a decisão não vai interferir em sua posição de deixar a vida política.