Policiais federais que atuam em Mato Grosso paralisaram as atividades nesta quarta-feira (4) em protesto contra as atuais condições de trabalho no Estado. Esta é a terceira paralisação da categoria neste ano, que ainda continua em estado de greve desde a última paralisação, ocorrida no final de outubro.
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Segundo Erlon José de Souza, presidente do Sindicato dos Policiais Federais em Mato Grosso (Sinpef), a categoria reivindica reestruturação da carreira, aumento do efetivo e reajuste salarial, além de melhorias na infraestrutura da sede da Superintendência Regional da PF, em Cuiabá.
Os agentes cruzaram os braços em frente à sede na avenida Historiador Rubens de Mendonça (avenida do CPA) e pretender realizar panfletagem no Aeroporto Internacional Marechal Rondon, em Várzea Grande.
O representante da categoria afirma que o prédio onde funciona a sede da PF na Capital, precisa de uma reforma, principalmente na fiação que corre o risco de incêndio devido a sobrecarga. Com isso, muitos serviços ficam prejudicados.
Além disso, o efetivo de 320 agentes que incluem delegados é pequeno para suprir as necessidades do Estado, que segundo Erlon, é a porta de entrada de drogas e contrabando. “Seria necessário no mínimo 800 profissionais”. Ele cita o exemplo do município de Cáceres (225 km a oeste de Cuiabá), que conta com apenas 45 policiais federais, sendo que o necessário seria em torno de 200 profissionais.
Paralisação deve durar 24 horas e a categoria pretende realizar novas mobilizações, ameaçando inclusive paralisar as atividades na Copa do Mundo e nas eleições no próximo ano, caso nada seja solucionado por parte do governo federal.