Polícia “estoura” 18 pontos de venda de drogas em Cuiabá

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Uma operação para fechar 18 bocas-de-fumo foi deflagrada em Cuiabá e resultou na prisão de 12 pessoas, apreensão de 134 gramas de maconha e 108 porções de pasta-base de cocaína. Os policiais encontraram também R$ 3,2 mil, provenientes do comércio ilegal.

Os mandados de busca e apreensão foram cumpridos simultaneamente em 12 bairros da Capital, sendo que drogas e apetrechos para uso do tráfico estavam em 9 imóveis.

Ao todo participaram da ação 153 homens da Polícia Militar (PM) e Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco). A operação foi batizada de "Colutório", um remédio utilizada para combater infecção na boca.

Apenas no bairro Dom Aquino, foram 4 mandados. Um deles foi cumprido na casa de Júlio César Machado de Souza Figueira, 30, conhecido como "Xitão", onde a PM encontrou 18 porções de maconha e R$ 150 em dinheiro. Na frente da casa funciona uma barraca de lanches, que é gerenciada por ele, que também é mototáxi.

Segundo "Xitão", a droga foi entregue no começo da tarde e ele estava experimentando o produto no banheiro, quando os policiais entraram no imóvel.

Após ouvir o barulho, ele jogou todo material no vaso sanitário e antes de concluir a descarga foi preso. O acusado disse que é apenas consumidor e que não vende o produto.

Os PM retiraram a louça da banheiro e colocaram de cabeça para baixo na área. Com a ajuda de um balde de água, tiraram o material descartado.

Perto da casa de "Xitão", os policiais encontraram mais 45 trouxinhas de pasta-base de cocaína. A droga estava na casa de Jefferson de Almeida, 21, conhecido como "Finho". Ele já tem passagem na Polícia por tráfico de drogas e fugiu quando viu a viatura.

O acusado estava preparando o jantar e deixou as panelas no fogão. Além do entorpecente, foram encontrados R$ 288 em dinheiro e substâncias que eram utilizadas para "batizar" a droga, antes de ser vendida.

Enquanto as viaturas seguiam para o ponto marcado, era possível escutar vários fogos de artifícios sendo estourados nos bairros como aviso para os traficantes. Eles começaram no Jardim Leblon e tinham intervalo de aproximadamente 5 minutos. Em menos de 30 minutos, os barulhos aumentaram e confirmaram aos procurados a presença da Polícia.

Os policias estiveram também nos bairros Planalto, Novo Horizonte, Doutor Fábio, CPA, Parque Cuiabá, Novo Colorado, Araés, Santa Isabel e Duque de Caxias.

O tenente, que faz parte do Serviço de Inteligência da PM, Sada Ribeiro Pereira conta que os locais foram descobertos por meio de denúncia. Ele explica que quando os endereços aparecem mais de uma vez na relação, já fica sob suspeita.

Depois, há um trabalho para identificar a boca-de-fumo. Entre as características que configuram um ponto de venda está a movimentação de carros na frente da casa, principalmente durante à noite.

O dono do imóvel também não tem um emprego fixo e costuma dormir durante o dia para fazer as vendas durante à noite.

 

Serviço – Denúncias sobre locais onde funcionam boca-de-fumo, ou outros crimes, podem ser feitas pelos números 197 ou 0800-653939. Não é necessário se identificar.

Tráfico "doméstico"

A operação "Colutório" teve o resultado positivo na avaliação da Polícia Militar e do Gaeco. Segundo o promotor de Justiça Arnaldo Justino da Silva, a ação é para combater o comércio doméstico, que muitas vezes passa despercebido. Ele explica que durante algum tempo as investigações estavam centradas nos grandes traficantes e deixaram de lado os pequenos, que não armazenam quantias significativas. "Caso seja somada a movimentação do mês, os números impressionam".

Silva assegura que esta é a primeira de uma série de ações marcadas para o decorrer do ano. Ele conta que o comércio doméstico é o que mais incomoda a sociedade e também fica responsável por 80% da criminalidade na cidade.

As bocas-de-fumo, conforme Silva, recebem, como troca, os pequenos furtos e motivam homicídios devido dívidas. As pessoas que moram nas proximidades são vítimas da ação dos traficantes e quando o local é desativado, os vizinhos ficam aliviados.

O comandante Geral da PM, Osmar Lino Farias, explica que além da droga que é retirada de circulação, muitas informações são adquiridas por meio dos objetos e presos da operação. Na lista de materiais recolhidos estão 14 celulares, 2 câmeras digitais, 2 aparelhos de DVD, 1 arma de fogo, 1 filmadora, 1 notebook e 9 joias entre anéis e correntes.

O secretário adjunto da Secretaria de Justiça e Segurança Pública (Sejusp), Alexandre Bustamante dos Santos, diz que as agendas e anotações vão identificar novos envolvidos no tráfico e servirão de suporte para as novas operações. Os 12 presos, sendo 7 homens e 5 mulheres, foram levados para os Centros de Segurança e Cidadania (Cisc), onde serão autuados em flagrante por tráfico ou envolvimento com o tráfico

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