Não tem para ninguém. Na sua segunda semana na Band, o Pânicomostra que voltou com tudo e está com ainda mais força do que nos tempos da Rede TV!. Se o programa mostrava alguns sinais de cansaço na sua antiga casa, em 2012 a coisa mudou completamente de figura. A turma liderada por Emílio Surita mostra que comanda o humor na TV brasileira e não deixa espaço para oCQC e nem para a nova versão doCasseta & Planeta.
O programa não se reinventou completamente nesta nova fase, mas reforçou o que tinha de melhor. Entre quadros novos e elementos clássicos, o que o Pânico fez foi mergulhar fundo novamente em seu conceito principal, que é ser politicamente incorreto e fazer graça onde muitas vezes não existe. Além disso, a atração apostou forte na polêmica da troca das panicats. Emílio foi até mais fundo e disse que as moças agora são mais bonitas, mais femininas e que acabou aquele padrão de garotas superbombadas. E é verdade: acertaram totalmente na escolha das meninas, que parecem aquelas que você encontra por aí e não apenas dentro de academias ou na Sapucaí.
Outros quadros também já vão ficando populares, como é o caso da imitação que o carioca faz de Boris Casoy. Segundo a colunista Fabíola Reipert, o jornalista ficou incomodado com a brincadeira, o que só comprova que Carioca está no caminho certo. Outra boa sacada deste domingo foi o surgimento de Joelmir Gretchen, mais um personagem criado por Eduardo Sterblitch e que ficou engraçadíssimo.
Para não dizer que acertou em tudo, há algumas coisas chatas. O quadro Prainha Gente Fina é bem fraco e cansativo de assistir. Não traz novidade nenhuma ao que o Pânico já fazia há alguns anos e poderia ser bem mais curto. Outra coisa que incomoda um pouco é o excesso de brincadeiras com o próprio elenco da Band. Está rolando um certo exagero, talvez com a intenção de promover os colegas de emissora. Uma diminuída pegaria bem.
Mas o fato é que com a boa audiência que o programa teve na semana de estreia e nessa – ligeiramente mais baixa – o Pânico coloca de escanteio seus concorrentes diretos como o CQC e o novo Casseta & Planeta. Embora o CQC não seja exatamente um humorístico, a briga interna é grande e os altos índices da turma do Emílio deve gerar uma ciumeira. Enquanto isso, na Globo, o Casseta & Planeta mostra cada vez mais que não deveria ter voltado. Pelo menos não do jeito que está hoje.