PM rejeita proposta de reajuste parcelado e sinaliza ir à Justiça

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Entidades de classe que representam policiais e bombeiros militares de Mato Grosso rejeitaram a proposta de parcelamento apresentada pelo governo do Estado, de pagar os 50% do Índice Nacional de Preço ao Consumidor (INPC) em dezembro deste ano e de dividir a 3ª parcela da reestruturação nos meses de dezembro de 2015, janeiro e abril de 2016. Assim, foi dado prazo de 7 dias que expira no dia 28 deste mês para um entendimento com o governo em relação aos apontamentos da categoria. Após esse prazo, será convocada nova assembleia para apresentar os resultados.

Na assembleia-geral realizada na noite desta quinta-feira (22) no Hotel Fazenda Mato Grosso também foi deliberado pelo ajuizamento de ações na Justiça e manifestações públicas de repúdio da categoria caso o governo decida “impor o descumprindo da lei complementar 541/2014”. O índice de correção deste ano é de 6,22%, mas o governo se propôs a pagar somente 3,11% para todas as categorias do funcionalimos público neste mês. Insatisfeitos, dezenas de sindicatos estão convocando assembleias para definir as ações que serão adotadas e pra formularem contrapropostas ao governo, pois exigem o pagamento dos 6,22% já neste mês.

Evento que reuniu aproximadamente 700 pessoas e foi organizado pela Associação dos Oficiais (Assof), Associação dos Subtenentes e Sargentos (Assoade), Associação de Cabos e Soldados, Associação dos Militares Inativo (Asmip), Associação Recreativa do Corpo de Bombeiros e Associação Beneficente de Saúde dos Militares. Durante a assembleia foram apresentadas as 3 propostas que o governo fez à categoria e também a contraproposta que as associações apresentaram ao governo em caso de parcelamento da tabela salarial de dezembro de 2015.

Aberta a palavra aos militares o descontentamento foi generalizado e muitos militares exigiram o cumprimento da lei de reestruturação salarial, inclusive com a possibilidade de ajuizamento de ações coletivas e individuais. “Em vários momentos, os militares manifestaram o sentimento de traição em relação ao governador Pedro Taques (PDT), por não honrar os compromissos de campanha e não cumprir na integra as tabelas salariais de maio e dezembro de 2015 da categoria”, diz trecho do comunicado da Assof.

De acordo com o vice-presidente da Associação de Cabos e Soldados do Estado, Joelson Fernandes, a nova proposta do governo é dividir a parcela de maio de 2015 em 2, sendo 3,11% em maio de 2015 e o restante para dezembro de 2015, e dividir a parcela de dezembro de 2015 em até 3 vezes. “O governo quer voltar atrás em um ponto já acertado”.

Em 2014, quando foi aprovada a lei de reestruturação salarial, o anuário do Fórum Brasileiro de Segurança Pública apontava Mato Grosso com o 4º pior piso salarial de soldado do Brasil o que motivou as associações se unirem e procurar o governo para corrigir a defasagem salarial. A insatisfação dos militares é grande porque segundo eles, hoje o salário inicial de um militar é de R$ 2.850, enquanto o de um policial civil chega a R$ 3.9 mil.

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