Piran, Eder e Chico Lima são investigados em inquérito do Gaeco

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Arquivo/GD
Eder Moraes, Valdir Piran e Francisco Lima 

O empresário Valdir Piran e o ex-secretário de Fazenda, Eder Moraes (PHS), compareceram à sede do Grupo de Atuação contra o Crime Organizado (Gaeco) nesta terça-feira (18) para serem ouvidos num inquérito sigiloso. Por envolver político com mandado e detentor de foro por prerrogativa de função, o inquérito que foi instaurado em 2015, tramita no Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT).

De acordo com o Ministério Público, Piran e Eder foram ouvidos. Porém, a defesa de Eder Moraes garante que ele foi levado ao Gaeco, mas não prestou qualquer depoimento. O ex-secretário estava acompanhado dos advogados e Ricardo Spinelli Fabian Feguri.

Ao Gazeta Digital, Spinelli atestou que eles pediram a suspensão da oitiva até que consigam ter acesso aos autos. “O ato foi suspenso”, afirma o advogado ao confirmar que o caso tramita sob segredo de Justiça no Tribunal de Justiça e que nem a defesa conhece o teor das investigações. O GD apurou que pelo menos 1 prefeito e 3 procuradores do Estado são investigados no inquérito.

O procurador do Estado aposentado, Francisco Gomes de Andrade Lima Filho, o Chico Lima, atualmente preso no Centro de Custódia da Capital em decorrência de uma prisão preventiva decretada na 4ª fase da Operação Sodoma, também deveria ser ouvido pelos promotores e delegados do Gaeco. No entanto, nem chegou a comparecer ao Gaeco.

Seu advogado, João Nunes da Cunha Neto, explicou ao GD que Chico Lima não foi intimado pessoalmente para prestar depoimento e também não houve tempo hábil para a defesa pedir cópia dos autos do procedimento conduzido pelo Gaeco e pelo Núcleo de Ações de Competências Originárias (Naco).

“Em virtude de que apenas houve um comunicado ao Diretor do CCC requisitando a condução do preso, houve recusa expressa em ser conduzido”, pontua João Cunha.

Histórico – Eder Moraes, Chico Lima e Valdir Piran já foram alvos de operações policiais, sob suspeita de envolvimento em esquemas de corrupção. Os 3 estão presos em Cuiabá. Moraes está preso por fatos investigados na Operação Ararath da Polícia Federal. Ele também é investigado na esfera estadual e réu em ações civis e criminais que tramitam em varas distintas do judiciário mato-grossense.

Valdir Piran, dono da Piran Factorin, foi um dos alvos de investigação na 4ª fase da Operação Sodomadeflagrada pela Delegacia Fazendária (Defaz) da Polícia Civil no dia 26 de setembro. A investigação envolve a desapropriação de uma área de 55 hectares localizada no bairro Jardim Liberdade e adquirida pelo Estado por R$ 31,8 milhões quando estava avaliada em R$ 17.8 milhões.

O Ministério Público e a Polícia Civil afirmam que na transação houve pagamento de propina de R$ 15,8 milhões que foi rateado entre os envolvidos. Chico Lima, morador do Rio de Janeiro, também está preso em Cuiabá por causa dos fatos investigados na Sodoma 4.

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