A Polícia Federal (PF) em Cáceres deflagrou esta manhã mais uma operação contra o narcortáfico internacional. Denominada "Mahyah", a operação tenta cumprir 28 mandados de prisão e 32 de busca e apreensão em Mato Grosso, além de mandados expedidos pela comarca de Porto Espiridião para outras dez unidades da federação a partir de investigações iniciadas em janeiro.
Agora, em Mato Grosso, a PF deve efetuar prisões e buscas nas cidades de Cáceres, Porto Espiridião, Cuiabá, Várzea Grande, Barra do Garças, Mirassol D’Oeste, Lambari D’Oeste, Glória D’Oeste, Curvelândia, Araputanga e São José dos Quatro Marcos.
Segundo nota divulgada pela PF as investigações levaram à expedição de um total de 49 mandados judiciais de prisão preventiva e 39 de busca e apreensão. Fora os que foram expedidos para cumprimento em Mato Grosso, os agentes cumprem mandados nas cidades mineiras de Ipatinga, Tarumirim e Belo Horizonte; nas goianas Luziânia e Caldas Novas; Paraíso-TO, Marabá-PA, Maceió-AL, São Luiz-MA, Teresina-PI, Luiz Eduardo Magalhães-BA, Natal-RN e Jales-SP.
As investigações se basearam em Porto Espiridião (a 322 km de Cuiabá), cidade apontada pela PF como residência do principal investigado do esquema a ser desmantelado, que, segundo a PF, será preso assim como sua esposa, três filhos e um genro. O principal contato dele estaria sendo investigado em Minas Gerais. A PF já efetuou 18 prisões referentes à investigação nos últimos dez meses. Foram também apreendidos 230,5 kg de pasta-base de cocaína, R$ 40 mil em espécie e veículos.
Ainda de acordo com a PF, algumas pessoas indiciadas na investigação já estão presas e, devido à constatação de que continuaram atuando no narcotráfico mesmo após as investigações, receberão novos mandados de prisão.
Os crimes atribuídos aos indiciados são de tráfico interestadual de drogas e associação para o tráfico, previstos nos artigos. 33, 35 e 40, V, todos da Lei n.º 11.343/2006 (Lei de Drogas).
A PF explica que o nome da operação provém de um dialeto siciliano, o qual significa “máfia”, e também existe no árabe, que quer dizer “audacioso”. Isso porque o homem apontado como líder da quadrilha, segundo a nota, tem origem italiana e morava confortavelmente em Porto Espiridião, de onde comandava todo o esquema.
Atualizada às 08h41