Pedro Henry nega ser “ficha suja” e anuncia volta à Saúde

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Dois meses após deixar a Secretaria Estadual de Saúde para reassumir sua vaga na Câmara Federal, o deputado federal Pedro Henry (PP) confirmou o seu retorno à pasta, a partir da semana que vem.

Em entrevista coletiva, no final da tarde de sexta-feira (13), no Hospital Metropolitano, em Várzea Grande, Henry disse que voltou ao Congresso para "garantir recursos orçamentários" que faltaram em 2011.

"Nós usamos este período de afastamento exatamente para garantir recursos orçamentários que pudessem nos dar uma perspectiva e maior capacidade de investimentos, o que não tivemos no ano passado", disse o deputado.

Após concluir o que chamou de "missão", Henry diz que volta para "ajudar a fazer a gestão dos investimentos".

"Nós temos uma reunião hoje [ontem] com o governador e, provavelmente, na semana que vem sai o ato de nomeação", disse.

O deputado acompanhou uma visita do secretário de Atenção à Saúde do Ministério da Saúde, Helvécio Magalhães, que disse estar assegurado o pagamento de R$ 51 milhões em emendas da bancada federal de MT.

Para Henry, os investimentos vão "contribuir", mas não resolvem o que ele aponta como o principal gargalo do sistema: o custeio.

"Quero lembrar a vocês que está prevista a abertura de 120 leitos em Sinop e 60 novos leitos para o hospital das clínicas, para fazer toda a alta-complexidade. Tudo isso vai gerando custos adicionais. Se não houver a parceria do ministério da saúde, as dificuldades de custeio vão aumentar", afirmou.

O deputado mencionou a diferença de R$ 59 por habitante no teto mensal pago a Mato Grosso do Sul – R$ 180 por habitante em MS, ante R$ 121 em MT.

"Se fôssemos tratados na mesma proporção de MS, receberíamos R$ 170 milhões a mais. Isso está causando um rombo nas contas do Estado e é por isso que estamos trazendo o ministério", observou.

Questionado sobre sua situação na Justiça, Henry disse que não é "ficha-suja". "Tudo o que fui condenado, irregularmente, eu reverti nas instâncias superiores. Então, acabou. Não tem mais nada. Não tenho nenhum impedimento para exercer o cargo de secretário", completou.

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