A Gazeta
Servidores de carreira do Estado devem passar a comandar as secretarias presentes no Palácio Paiaguás a partir de 2015, quando Pedro Taques (PDT) assumirá o cargo de governador. É o que afirma o prefeito de Lucas do Rio Verde, Otaviano Pivetta (PDT), que coordenou a campanha eleitoral do correligionário.
A expectativa, segundo Pivetta, é que as lideranças políticas que apoiaram o projeto de Taques neste pleito sejam “acomodadas” em uma espécie de conselho de governo. “Ele vai criar uma governança para o Estado e, se eu for convidado, me proponho a participar, compartilhar a experiência que acumulei até hoje”, diz.
Durante toda campanha, Taques criticou aquilo que chamou de loteamento das secretarias de Estado entre os partidos políticos da atual base governista e, conforme Pivetta, levará o discurso para a prática. Para o prefeito, é pouco provável que políticos assumam qualquer cargo na gestão do pedetista. “O que ele falou o tempo todo, vai acontecer. Chega de partido político pegar pedaços do Estado e levar para casa”, diz.
Pivetta reconhece que a tarefa de recrutar secretários que ajudem a comandar o Estado não é fácil, mas acredita haver, sim, profissionais capacitados já atuando como servidores do governo. A medida de “promover” estas pessoas a cargos de confiança, para o prefeito, deve estimular toda a categoria.
Quanto à “retribuição” às legendas que ajudaram Taques a se eleger governador, Pivetta avalia que o resultado das urnas já foi o suficiente. “Os partidos políticos que deram apoio tinham seus interesses, que era ou eleger deputado federal, ou deputado estadual, enfim. Nós estamos com nossa base aliada muito satisfeita”, garante.
Em entrevista ainda no Centro de Eventos do Pantanal, onde foram totalizados os votos da eleição em Mato Grosso neste domingo (5), Taques afirmou que ainda não falará em nomes para compor sua equipe. Antecipou somente que ninguém, além dele próprio e de seu vice, Carlos Fávaro (PP), está autorizado a indicar quem quer que seja.