NO GOVERNO Primeira medida é organizar a saúde

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A Gazeta


O governador eleito Pedro Taques (PDT) deve discutir a Lei Orçamentária Anual (LOA) 2015 encaminhada para a Assembleia Legislativa e propor algumas mudanças, como aumento dos recursos para a saúde com o corte de gastos de outras secretarias, além do enxugamento da máquina administrativa. Uma das primeiras ações de Taques, segundo ele anunciou em entrevista ao Jornal da Manhã, da TV Record, será a de encaminhar um projeto de lei à Assembleia Legislativa para voltar o repasse integral dos recursos da atenção básica aos municípios que foi cortado em 50% pela atual administração em 2012. Na LOA de 2015 está prevista a aplicação de R$ 1,2 bilhão no setor.

“O valor não é suficiente, vamos ter que cortar gastos de outras secretarias, enxugar a máquina. O orçamento é muito pequeno para saldar compromissos de campanha, como fortalecer os hospitais regionais com farmácias e realização de exames no local, a construção do hospital público com 350 leitos, investir na atenção básica no município. Vamos conversar com deputados federais e senadores sobre as emendas do Orçamento Geral da União e tenho certeza que a União vai ajudar assim como Mato Grosso ajuda muito o Brasil”, comentou.

Taques diz que pretende conversar, de forma republicana, com o governador Silval Barbosa (PMDB) sobre possíveis rearranjos na LOA. “Sempre respeitando que o governador atual é o Silval, ele é governador até 31 de dezembro, e tenho certeza que ele estará aberto a conversas”.

novo governador também deve debater o orçamento para o próximo ano com os atuais deputados estaduais, antes que os mesmos votem o tema. Apesar de ter mais adversários políticos do que correligionários no parlamento estadual, a exemplo de José Riva (PSD), Taques sustenta que o cidadão já mandou recado nas urnas dizendo que quer mudanças e diz ter a certeza de que a Assembleia está imbuída do mesmo propósito e objetivo. ”Agora quem não estiver antenado com este momento de mudança, nós falaremos à sociedade que não conseguimos a mudança por estas ou aquelas pessoas. Algumas pessoas não mudam, mas a sociedade mato-grossense quer mudança“. 

A partir desta semana ele deve começar a transição e voltou a falar sobre o telefonema recebido do governador colocando a máquina estadual à disposição para que ele possa projetar o governo dele. “Conhecemos o estado, mas tem alguns detalhes que serão mostrados no período de transição. Há vários setores com denúncia de corrupção. Temos informações sobre venda de incentivos fiscais na Sicme (Secretaria de Estado de Indústria, Comércio e Mineração). Aqueles criminosos que roubam o dinheiro do cidadão não vão ter vida fácil a partir de 1º de janeiro”.

Após uma queda de energia elétrica na região do Consil durante a transmissão do Jornal da Manhã, o governador eleito usou de sarcasmo para dar continuidade na entrevista. “Foi só falar que os roubadores do dinheiro público não terão vida fácil que até a energia caiu, mas mesmo no escuro combateremos a corrupção”.

Secretariado – Taques disse que não vai negociar cargos com partidos políticos que o apoiaram, que o apoio ao seu projeto não será usado como moeda de troca, até porque há pessoas competententes e incompetentes em qualquer legenda. “Já tenho isso em mente e o secretariado será anunciado no prazocorreto e cada escolhido terá tempo para que possa se inteirar de sua secretaria, porque a administração pública é uma coisa séria”.

Ele diz que deve renunciar ao cargo de senador antes da diplomação como governador, embora, conforme o o presidente do Tribunal Regional Eleitoral, desembargador Juvenal Pereira, exista o prazo legal de até 31 de dezembro para escolher em qual cargo deve ficar, portanto, ele poderia ser diplomado, mas só seria empossado após a renúncia. “Com a minha renúncia, assume o José Antônio Medeiros. Desejo a ele todo sucesso para bem representar Mato Grosso. Não interessa o local que ele nasceu, a localização de onde vota, o importante é que seja mais um representante do Estado”, disse ao falar sobre mais um senador com domicílio eleitoral em Rondonópolis.

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