O acerto entre Felipe Melo e o Palmeiras aconteceu, agora, cabe aos agentes do volante e ao próprio atleta conseguir a liberação da Internazionale. O clube de Milão desembolsou cerca de € 3,5 milhões (quase R$ 12 milhões) há um ano e meio para tirá-lo do Galatasaray, onde atuou entre 2011 e 2015.
O brasileiro foi indicado por Roberto Mancini, que o comandou no time turco. Mas o técnico italiano não trabalhou sequer por um ano com ele na Itália, e deixou o cargo, depois ocupado por Frank de Boer. O holandês também durou meses e o atual treinador é Stefano Pioli. O brasileiro só fez 10 partidas na temporada atual.
A exemplo do que aconteceu com Diego, que negociou sua rescisão com o Fenerbahçe para, livre, assinar com o Flamengo, Felipe tenta a rescisão com a Inter. A possibilidade está ligada à chance de redução da folha de pagamento com atleta pouco aproveitado no momento e contratado a pedido de um comandante que não trabalha mais lá.
Se liberar o volante, estima-se que a equipe de Milão deixará de gastar em mais 18 meses aproximadamente uma vez e meia o que pagou aos turcos para tê-lo. Quantia considerável, já que seu aproveitamento tem sido pequeno na temporada que chega à metade — 30% dos cotejos oficiais da Internazionale em 2016/2017.
As mudanças no comando técnico em tese favorecem o brasileiro, afinal, o homem que o levou de volta à Itália deixou o clube. O Palmeiras o deseja por sua experiência na tentativa de montar um time com outro perfil na próxima Copa Libertadores. No entanto, não pretende pagar aos italianos pela liberação de Felipe Melo.
Se fechar com o campeão brasileiro ele terá salário próximo ao de outros atletas do elenco, que tem em Lucas Barrios o mais bem pago. Além disso, poderia ganhar bônus por produtividade, sistema implantado pelo ex-presidente Paulo Nobre há alguns anos.
A avaliação interna no clube é de que faltaram jogadores mais rodados e com perfil aguerrido, de liderança, na disputa do certame sul-americano em 2016. Felipe Melo chegaria para preencher tal lacuna, além de seu valor técnico, obviamente.