O São Paulo encerrou a preparação para o clássico deste domingo com o Corinthians sob olhares atentos e gritos da torcida no Morumbi. A maior parte dos presentes era de integrantes da torcida organizada Tricolor Independente, que entoou cantos de apoio, mas também de ameaça em caso de nova derrota para o rival alvinegro na temporada.
Os protestos estavam previstos pelos organizados desde a última quinta-feira e também teve cobranças contra o preço dos ingressos na Libertadores – os mais baratos saem por R$ 120. Entre os gritos, mais uma vez a Independente optou por exaltar o técnico Muricy Ramalho, que chegou a ser criticado por alguns integrantes da torcida.
“Acabou a paz, o Morumbi vai virar um inferno”, “se o São Paulo não ganhar, o pau vai quebrar” e “raça” contrastaram com “São Paulo, eu acredito em você”, “É, Muricy” e de incentivo a Rogério Ceni e Luis Fabiano nas arquibancadas. As reclamações dos organizados começaram justamente após a derrota para o Corinthians na Libertadores e voltaram a ganhar força na véspera do duelo pelp Paulistã.
Diante do protesto, os jogadores do São Paulo realizou apenas trabalhos técnicos na tarde deste sábado. A primeira atividade comandada por Muricy, que deu treinos táticos ao longo da semana, foi de dois toques em campo reduzido. Depois, o treinador separou os atletas para calibrarem os pés em finalizações.
O treino durou cerca de uma hora, menos do que o previsto devido à forte chuva que caiu na capital paulista durante a tarde. Estima-se que mais de 500 torcedores tenham comparecido. Alguns deles, principalmente na organizada, carregaram bandeiras com mastros, algo que não é mais permitidos em dias de jogos.