A Gazeta
Uma operação das polícias Militar e Civil resultou na prisão de 18 pessoas que atuavam no garimpo ilegal instalado na Serra da Borda, em Pontes e Lacerda (448 km a Oeste de Cuiabá). De acordo com o coronel Alberto de Barros Neves, comandante regional da PM, também foram apreendidos seis carros, uma motocicleta, três marteletes, quatro detectores de metal, três geradores e várias ferramentas utilizadas para a extração ilegal de ouro no local. As ações de repressão aos crimes praticados no garimpo continuarão e novas prisões poderão ocorrer nos próximos dias.
Na manhã da última terça-feira (5), policiais militares e civis realizaram uma ação conjunta para identificar pessoas que estariam praticando a extração ilegal de ouro na Serra da Borda. Na semana passada, as entidades foram informadas pela Secretaria de Estado de Segurança (Sesp) sobre a notificação judicial, que determinava que ações fossem realizadas no intuito de retirar os garimpeiros do local.
Ao todo 18 pessoas foram presas, entre homens e mulheres. Elas estariam na Estrada da Mata, via que dá acesso ao garimpo ilegal. “Nossos policiais não podem atuar na serra propriamente dita, porque lá é de responsabilidade da Polícia Federal (PF), pelo fato do subsolo, da onde estão retirando o ouro, ser um bem da União. Então nossas ações se concentram na cidade e nas estradas e propriedades que são acesso ao garimpo”, explica o coronel Neves.
Segundo ele, a atuação não pode ser maior devido a falta de efetivo para isso. “Em momento algum irei remanejar os policiais para concentrar especificamente neste caso, até porque estaria desprovendo a população de Pontes e Lacerda da segurança que lhe é de direito”. O comandante acrescenta, que ainda assim, as ações continuarão sendo realizadas na medida do possível.
Neves diz que a retirada definitiva dos garimpeiros da Serra da Borda consiste em quatro fases. A primeira, que já está em andamento, compreende o incremento de policiais. A segunda refere-se a fixação de barreiras durante 24 horas no entorno da serra. Já a terceira é a desintrusão do garimpo e por último, a ocupação e manutenção da área feita pelas forças nacionais. “Na minha opinião a extração de ouro no local tem que ser regularizada. Caso contrário, os policiais podem permanecer seis meses no local, que quando sair, o garimpo será ativado novamente”.
As pessoas presas, os veículos e equipamentos apreendidos foram encaminhados à Delegacia da Polícia Civil e de lá serão encaminhadas para a Delegacia da Polícia Federal de Cáceres.