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Uma operação feita por fiscais do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) e procuradores do Ministério Público do Trabalho (MPT) libertou 18 trabalhadores em regime análogo à escravidão na Fazenda Aparecida, no município de Cláudia. O proprietário da fazenda é Emanoel Gomes Bezerra Júnior, funcionário do Tribunal de Contas do Estado de Mato Grosso (TCE/MT) e sobrinho do deputado federal Carlos Bezerra (PMDB).
De acordo com a fiscalização, feita no último dia 9 de fevereiro, os trabalhadores estavam instalados em alojamentos precários, sem paredes laterais e sem instalações sanitárias adequadas. Alguns dormiam em caixotes forrados com espumas e outros em colchões velhos colocado no chão. As condições de higiene foram consideradas péssimas e a comida de má qualidade, além do baixo valor nutritivo, uma vez que o serviço executado exigia grande esforço físico dos trabalhadores. Isso além de eles não terem nenhum equipamento de proteção individual. De acordo matéria feita pelo Repórter Brasil, Emanuel Gomes Bezerra se recusou a pagar as verbas rescisórias e os valores referentes aos danos morais coletivos e individuais. Somente após a segunda audiência, realizada no último dia 24 de fevereiro, ele aceitou pagar as verbas rescisórias das pessoas que foram libertadas. Após o pagamento, todos retornaram ao município de origem. No dia 1º de março, Emanoel assinou Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) se comprometendo a cumprir a legislação trabalhista e a pagar R$ 50 mil por dano moral coletivo, divido em 24 parcelas, que serão destinados ao Fundo de Erradicação do Trabalho Escravo do Mato Grosso. O grupo foi aliciado ainda em julho de 2010 por um intermediário na cidade de Nova Brasilândia para fazer a capinagem na plantação de eucalipto da São Francisco. Era o aliciador quem fornecia comida aos trabalhadores. |
| Fonte: Da Redação – Lucas Bólico |
