Operação do Gaeco desmantela quadrilha que atuava em MT e MS

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Welington Sabino/GD

O tráfico interestadual de drogas entre os estados de Mato Grosso e o vizinho Mato Grosso do Sul resultou na prisão de 6 pessoas enquanto outros 2 acusados que também tiveram mandados de prisão expedidos em seu desfavor, continuam foragidos. Trata-se da Operação Rota 289 deflagrada nesta terça-feira (04) Grupos de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) dos 2 estados envolvidos. Em Mato Grosso, apenas um mandado de prisão cumprido, porém dentro da Penitenciária Regional a Major Eldo Sá Corrêa, a Mata Grande, em Rondonópolis (212 Km ao sul de Cuiabá), uma vez que o traficante Paulo César Fortes já estava preso desde agosto de 2012 e mesmo assim continuava na ativa encomendando através do celular carregamentos de drogas, que também foram apreendidos.

Chama a atenção o fato de que a quadrilha usava até bicicletas para transportar a droga por uma rodovia estadual de Mato Grosso do sul, tudo para fugir de barrerias policiais.

Ele foi preso em flagrante no ano passado por tráfico de drogas e porte ilegal de armas de fogo, de posse de 1.175 kg de maconha e 689 gramas de haxixe, além de 10,970 kg de sementes de maconha, 5.685 kg de buchas de maconha, 1 balança de precisão, 1 pistola calibre 9 milímetros com carregador, 1 carabina calibre 32, 1 escopeta calibre 12, 114 munições de vários calibres (9mm, ponto 40, 38, 12, 32, 380) e R$ 3.9 mil. Para o coordenador do Gaeco de Mato Grosso, promotor de Justiça Marco Aurélio de Castro, “a atuação em conjunto de órgãos de inteligência e parceiros, foi fator determinante para o êxito em retirar da sociedade referida quadrilha especializada no tráfico de entorpecentes”.

De acordo com o Ministério Público Estadual (MPE), Fortes, de dentro da cadeia prosseguiu suas atividades criminosas, encomendando através de telefone celular carregamentos de drogas para Mato Grosso. Na época para continuar praticando os crimes ele contou com comparsas que estavam em liberdade dentre eles Falkner de Alcânta Ribeiro, Antônio Carlos Hipólito Marques, Jair da Silva e Leandro Silva Resende, todos se encontram presos por flagrantes autuados no decorrer da operação.

Durante a operação nesta terça-feira, em Mato Grosso do sul foram presos 4 da mesma família sendo o traficante Santiago Gomes que era responsável por vender as cargas de maconha, sua esposa Adriane Martins, sua filha Vanessa Martins Gomes e seu genro Júnior Quadra Antunes, marido de Vanessa. Todos foram presos no município de Sapucaia (MS). Outro preso na mesma cidade sul-matogrossense foi Evandro Pereira da Silva, enquanto outros 2 acusados seguem foragidos. Afirma o Gaeco (MS) que as cargas de maconha apreendidas totalizaram 3.410,40 kg, todas vendidas por Santiago Gomez, que contava com o auxilio efetivo de seus familiares para a execução dos crimes de tráfico e movimentação dos valores oriundos do tráfico.

No total, foram expedidos 8 mandados de prisão, sendo 5 na cidade de Coronel Sapucaia (MS), 1 em Dourados (MS) e 02 em Rondonópolis, além de 2 mandados de busca e apreensão na cidade de Coronel Sapucaia. Conforme informações do Gaeco dos 2 estados, o monitoramento da quadrilha iniciou-se há cerca de 1 ano, resultando na prisão em flagrante por tráfico de drogas de 15 pessoas em Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Goiás e São Paulo, para onde eram transportadas as drogas oriundas de Coronel Sapucaia. Na ocasião foram apreendidos 10 veículos de passeio, armas de fogo, munições e dinheiro.

Atuação da quadrilha

A operação recebeu o nome Rota 289 em alusão à Rodovia MS 289, que liga Coronel Sapucaia a Amambai (MS), na fronteira do Brasil com o Paraguai. Era por meio dessa rodovia que a droga era transportada em veículos automotores ou por meio de bicicletas através das fazendas da região até Dourados de onde seguiam de veículo para diversas partes do país. Os ciclistas transportavam cerca de 50 kg de maconha cada um e viajavam à noite, o que dificultava a abordagem policial na medida em que podiam visualizar a aproximação de veículos sem serem vistos, pois seguiam em meio às plantações.

De acordo com a assessoria de imprensa do Ministério Público mato-grossense, a operação contou com o apoio do 3º Batalhão da Polícia Militar de Dourados/MS, da 3ª Companhia/4º Batalhão da Polícia Militar de Ponta Porã/MS, e da Polícia Militar de Mato Grosso envolvendo 26 policiais militares, além de promotores de Justiça dos 2 estados.

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