Ministério Público Federal (MPF) apontou que as movimentações entre os gabinetes de deputados e do prefeito de Itiquira, Humberto Bortolini (PSD), no âmbito das investigações da Operação Chapéu de Palha, movimentaram R$ 828,9 mil.
O valor diz respeito às transações apontadas como suspeitas pelo MPF no que diz respeito a possíveis fraudes em licitações entre construtoras e diversos municípios de Mato Grosso.
Apontado como coordenador das atividades ilícitas, Bortolini recebeu um total de R$ 150 mil da Construtora Pirâmide – uma das investigadas – distribuídos em duas ocasiões, entre os dias dez de junho de 2014 e oito de agosto do mesmo ano.
Além do prefeito, deputados estaduais também foram listados por conta de movimentações bancárias suspeitas com a construtora e servidor da Prefeitura de Itiquira.
Dilmar Dal Bosco (DEM) repassou no dia primeiro de fevereiro de 2018 R$ 50 mil para a conta de Antônio César Fonseca, um dos servidores públicos da prefeitura. Deste montante, o servidor sacou R$ 38,6 e transferiu R$ 9,9 para o Auto Posto Fernando Correa.
O nome de Romoaldo Júnior (MDB) também foi listado pelo MPF, por conta de uma transação na qual uma servidora do seu gabinete recebeu R$ 29 mil da construtora.
Além disso, o ex-deputado estadual Mauro Savi (DEM) também foi apontado em situação semelhante a de Romoaldo Júnior. No gabinete de Savi, dois servidores foram beneficiados com R$ 599.994 da construtora.
Conforme divulgado pela reportagem, a Polícia Federal realizou buscas nos gabinetes de Romoaldo e Nininho (PSD) – irmão do prefeito de Itiquitira e também apontado como coordenador das ações ilícitas.
Savi também foi alvo de buscas em seu apartamento, ocasião em que seu celular foi confiscado. Contudo, o ex-parlamentar negou ter sofrido as buscas. Ao todo, a operação cumpriu mais de 30 mandados de busca e apreensão.