O tenente-coronel da reserva Narciso Honório da Silveira está sendo alvo de uma sindicância acusatória aberta pela Polícia Militar por ter, segundo a denúncia, agredido um oficial superior, o coronel Eddie Metello de Siqueira, então comandante do 2º Comando Regional da PM (CR-II). A agressão teria ocorrido em julho de 2010.
De acordo com a denúncia, Metello coletava informações sobre uma primeira sindicância aberta pela Polícia Militar e procurou o tenente-coronel Narciso no bairro Cristo Rei, em Várzea Grande, mas não foi bem recebido.
“Quando da chegada do coronel Eddie, o sindicado o teria desconsiderado e mesmo em sua presença impediu a saída da viatura do serviço reservado, além de tentar chamar a atenção de transeuntes, gritando para o coronel: ‘Não me agrida policial, você vai atirar? Atira! Atira!”, narra o edital de sindicância publicado pela PM no Diário Oficial desta quinta-feira (16).
Ao ser advertido pelo coronel, Narciso o teria agredido com um tapa em sua mão direita e ainda dito ao oficial superior que ele não era homem de prendê-lo.
“Ato contínuo, ainda teria tecido comentários ofensivos a respeito de outros oficiais superiores da PMMT, bem como proferido acusações sobre irregularidades cometidas por tais oficiais, dizendo que teria um dossiê com diversas irregularidades envolvendo a Instituição Policial Militar, alegando ainda que estaria sofrendo perseguições pelo alto comando da PMMT”.
Comprovada a atitude, o coronel teria cometido dez transgressões disciplinares previstas na lei que rege a conduta dos policiais militares, entre elas o item 3: “concorrer para a discórdia ou desarmonia e cultivar inimizade entre camaradas”; e o item 42: “portar-se sem compostura em lugar público”.
O coronel teria ainda infringido vários artigos dos códigos de Ética e de Hierarquia e Disciplina.
Encarregado da sindicância, o tenente-coronel Enio Teixeira da Silva escreve no edital de citação que tentou, por três vezes, notificar o tenente-coronel Narciso da Silveira em seu endereço atual, em Rondonópolis, mas ele não foi encontrado.
O tenente-coronel será interrogado e terá um prazo para apresentar sua defesa. A sindicância pode culminar em expulsão da corporação, advertência, ou em arquivamento da denúncia.
FONTE: MidiaNews