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O ex-governador Silval Barbosa (PMDB) afirmou que a tarifa para o Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) estimada em R$ 10 pelo Gabinete de Projetos Estratégicos não passa de ‘chutômetro’. Falando pela primeira vez sobre o assunto após a apresentação de relatório que aponta dezenas de falhas e irregularidades, Silval destacou que o Estado investiu em uma obra social, para que a população tivesse acesso a um transporte de qualidade.
Para justificar a afirmação de que a tarifa pode ser semelhante ao que é cobrado no atual sistema de transporte coletivo, o ex-governador pontua que o pagamento da passagem serviria apenas para cobrir os custos de manutenção do modal, sem a previsão de uma taxa de retorno do investimento feito, o que ocorreria caso a obra fosse feita em regime de concessão.
Silval também minimizou as falhas estruturais encontradas na obra e rebateu a afirmação do secretário Gustavo Oliveira, a de que teria faltado fiscalização por parte do Estado, como contratante. Para ele, os problemas só podem ser levados em consideração após a conclusão da implantação. O ex-governador reconheceu que é impossível estimar em quanto tempo o VLT poderá estar em circulação nas cidades de Cuiabá e Várzea Grande, ao contrário do que sempre disse antes e depois da Copa do Mundo.
Sobre a falta de pagamentos ao Consórcio VLT, o que motivou, ainda no ano passado, a suspensão do contrato, Barbosa argumenta que há um trâmite burocrático e que isso pode ter ocasionado os atrasos no repasse à construtora. As informações são da repórter Sissy Cambuim, do jornal A Gazeta.