O governo havia avisado. Não toleraria manifestações.

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A PM esmagou protestos contra a Copa com bombas e violência. Uma produtora da CNN foi ferida por estilhaços. No Itaquerão, o Exército garantiu. E a paz reinava



Itaquerão…

Os manifestantes estão descobrindo na prática.

A Copa do Mundo será muito diferente da Copa das Confederações.

A repressão nem se compara.

Governo federal, estadual e municipal acordaram.

A ordem é deixar as diferenças partidárias de lado.

E evitar de qualquer maneira as manifestações contra Copa.

Não pensar duas vezes, titubear.

Tudo já começou semanas atrás.

O trabalho de inteligência na Internet rastreou.

Descobriu os principais líderes do protesto do ano passado.

Eles tiveram a visita da polícia nas suas casas.

E foram obrigados a depor em delegacias.

Dizer onde estariam nos dias de jogos da Copa.

Principalmente o de hoje, o da abertura.

Foi uma maneira clara de intimidação.

A Internet foi absurdamente vigiada.

Comunidades no facebook, no twitter, no WhatsApp.

Não deixar brecha para as convocações para ir às ruas.

Um serviço relativamente fácil que não foi feito em 2013.

Desta vez foram gastos R$ 2 bilhões para assegurar tranquilidade nos jogos.

A manobra deu certo.

As convocações para manifestações sumiram no mundo virtual.

Estava fácil supor que o movimento seria pequeno.

Ainda mais depois que Dilma agiu.

Prometeu ao MSTS a inclusão no programa Minha Casa, Minha Vida.

Os membros do Movimento Sem-Terra do Sacomã prometiam.

Seriam os membros mais ativos, radicais nas manifestações.

Ganharam o que queriam da presidente e desistiram dos protestos.

Sobraram principalmente os estudantes.

E eles foram muito poucos diante da expectativa.

Mesmo assim, a ordem era clara aos policiais.

Quando um grupo de manifestantes começar a se juntar é para agir.

Com firmeza.

Bombas de efeito moral à vontade.

Foi o que aconteceu logo de manhã, na estação Carrão.

Ela fica a cerca de 10 quilômetros do Itaquerão.

Cerca de 40 manifestantes protestavam contra a Copa.

A maioria estudantes da Unicamp.

Quando a PM paulista resolveu dispersar o grupo.

Como?

Com bombas, como havia sido acertado.

Só que não esperavam que uma equipe da CNN estivesse perto.

Estilhaços de qualquer bomba voam violentamente ao serem explodidas.

Mesmo sendo só de efeito moral, que fazem barulho, atordoam.

E eles atingiram a produtora Barbara Arvanditis.

1reproducaog1 O governo havia avisado. Não toleraria manifestações. A PM esmagou protestos contra a Copa com bombas e violência. Uma produtora da CNN foi ferida por estilhaços. No Itaquerão, o Exército garantiu. E a paz reinava...

Ela ficou ferida.

Sua foto caída já ganhou o mundo.

Atordoada, com expressão de dor.

Sangrando no braço esquerdo, onde o impacto foi maior.

A americana não corre risco de morte.

Outras três pessoas também foram feridas pelas bombas.

A PM ainda deteve violentamente vários estudantes.

Acabou com o protesto no seu nascedouro.

A notícia causou espécie no Itaquerão.

Jornalistas do Exterior ficaram assustados.

Acreditavam que estavam .

E realmente estavam.

A polícia paulista fez várias barreiras até o estádio.

Todos eram revistados até no metrô.

Era impossível para um grupo protestar passando pelos policiais.

Perto do Itaquerão estavam discretamente membros do Exército.

E das forças especiais.

Além dos rasantes de helicópteros.

O estádio da abertura da Copa era o principal ponto a ser protegido.

A Polícia Militar avisava à imprensa.

Alguns black blocs descontavam a raiva por não chegar no Itaquerão.

E estariam atacando motoristas na radial Leste.

Mas soldados já o teriam dispersado.

Outro foco na estação Tatuapé estaria sendo debelado.

No estádio do Corinthians, o clima era de improviso.

Como era de se esperar.

A Internet era o principal motivo de reclamações.

Estava instável, caindo a todo instante.

Acabando com a paciência e transmissão de muitos jornalistas.

Assim como um cano estourou no banheiro masculino.

Também não foi nada interessante.

Dentro do estádio a segurança era impecável.

A proteção seria absoluta para a presidente Dilma e Blatter.

Os dois resolveram não correr o mesmo risco de Brasília.

E abriram mão de abrir formalmente a Copa do Mundo.

Em vez disso, a organização avisava.

Pombos brancos seriam liberados.

Para representar a paz entre os povos.

Resta torcer para que os pássaros fiquem por Itaquera.

Não arrisquem voos nas estações Carrão ou Tatuapé.

Vão ter de escapar das bombas e gravatas dos policiais…

(O constrangimento fora do campo não acaba.

Após a festa cansativa e chata, a torcida agiu.

Começou a ofender em coro a presidente do Brasil.

“Ei, Dilma. Vá tomar no … Ei, Dilma, vá tomar no …”

Que ela não se atreva mesmo a falar nada nesta abertura de Copa.

O público paulista não vai se contentar apenas em vaiá-la.

Os palavrões já começaram quando a torcida soube.

Ela estava no Itaquerão…)

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