O ex-senador Antero Paes de Barros (PSDB) classificou como uma "vitória da ética" o afastamento do diretor-geral do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte, Luiz Antônio Pagot.
O tucano disse ainda que o esquema do mensalão do PR instalado dentro do Ministério dos Transportes, revelado por reportagem da Revista Veja dessa semana, mostra como é o "modus operandi" do grupo político liderado pelo ex-governador e senador Blairo Maggi (PR).
"O Brasil começa a ver com clareza como agem as pessoas ligadas ao ex-governador Blairo Maggi", afirmou o ex-senador, em entrevista ao MidiaNews. Ele também diz que se sente orgulho por ter trabalhado contra a nomeação de Pagot, enquanto exercia o mandato de senador, em 2006.
Para ele, o fato de Luiz Antônio Pagot ter sido funcionário fantama do Senado Federal já demonstrou o caráter duvidoso do republicano. "Quando ele se submeteu a ser funcionário fantasma do Senado, surrupiando mais de R$ 1 milhão do Senado, em valores corrigidos, eu já vi qual o tipo de perfil que ele tinha", argumentou Antero.
"Acho que o afastamento dele representa uma vitória da ética na política. Uma vitória daqueles que combatem esse tipo de comportamento. O Estado não pode ficar financiando mensalão de partido", completou o tucano.
Antero também lembrou que o afastamento de Pagot do Dnit representa uma vitória pessoal do senador Mário Couto (PSDB-PA). O tucano vinha, sistematicamente, fazendo denúncias sobre esquemas de desvios de recursos encabeçados por Luiz Antônio Pagot.
O senador paraense, inclusive, já havia feito discursos contundentes, na tribuna do Senado, onde chamou o republicano de "ladrão" e "patife".