Deputado estadual Max Russi (PSB), que também é o primeiro-secretário da Mesa Diretora da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT), disse nesta segunda-feira (13) que não acredita em uma solução de 90 dias para a crise enfrentada na Saúde de Cuiabá e defendeu que é preciso achar uma solução para o tema.
“Precisa-se colocar recurso e achar uma solução. Foi falado em 90 dias [de intervenção]. Eu como alguém que já foi gestor, prefeito, sabe da problemática da saúde no Estado de Mato Grosso, não acredito em solução de 90 dias”, disse. “Acho muito improvável”.
A fala dele é em referência ao prazo decretado pelo Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT) para o período de intervenção na Saúde municipal. Serão 3 meses, segundo definiu o órgão.
De acordo com Max, até a manhã desta segunda-feira a Assembleia não havia recebido o decreto com a assinatura do governador Mauro Mendes (União Brasil) a respeito da intervenção. A pauta será apreciada em plenário na Casa de Leis.
Na última sexta-feira (10), um dia após a decisão do colegiado do TJ que impôs derrota à prefeitura, a procuradoria-geral de Cuiabá ingressou com uma ação no Superior Tribunal de Justiça (STJ) tentando suspender a deliberação do TJ pela intervenção.
Russi ainda criticou as idas e vindas de decisões judiciais, já que num primeiro momento, em 28 de dezembro de 2022, a Justiça decretou a intervenção na Saúde de Cuiabá, revertida 8 dias depois pela ministra Maria Thereza de Assis Moura, presidente do STJ.
“Espero que a gente consiga caminhar para algo de forma definitiva, concreta e com aportes consideráveis de recursos para melhorar a saúde de Cuiabá”, relatou. “Esse vai e volta, os prejudicados não são os políticos, é a pupulação”.