MT é um dos piores na distribuição de médicos do SUS

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A rede pública de Saúde em Mato Grosso tem uma das menores taxas de médicos por habitante do país.

Segundo levantamento divulgado pelo Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), o Estado dispõe de 2,3 médicos para cada grupo de mil habitantes.

O resultado classificou o Estado entre os dez piores no ranking nacional -empatado com Amazonas, Piauí, Acre e Bahia, e à frente de Tocantins, Ceará, Rondônia, Pará e Maranhão.

"No caso da Saúde, a distribuição dos serviços espelha as desigualdades regionais", diz o Ipea, no comunicado denominado "Presença do Estado no Brasil", que também traz avaliações sobre áreas como Educação, Cultura e Segurança Pública.

A maior concentração de profissionais de Saúde com nível superior, segundo o Ipea, está nas regiões Sul e Sudeste: 3,7 profissionais por mil habitantes. A média nacional é de 3,1 por mil.

"Além dos fatores econômicos, agravam a situação de desigualdade, a dimensão e a complexidade das suas áreas e as dificuldades de locomoção decorrentes destas condições", diz um trecho.

O levantamento do Ipea considera dados de 2009. 

Ao Midianews, o secretário estadual de Saúde, Vander Fernandes, admitiu que, se houve alguma alteração no quadro descrito na pesquisa, "foi para pior".

"Não foram abertas novas faculdades, nem vagas de residência médica. Então, é certo que melhora não houve", disse.

Fernandes disse que os números do Ipea refletem a dificuldade de atrair e manter profissionais da área de Saúde no interior do Estado. 

"O Estado é muito amplo e pouco populoso e, muitas vezes, os municípios não têm orçamento para manter quadros qualificados. Tem prefeitura oferecendo salário maior do que o do prefeito para contratar médico, sem sucesso", avaliou.

Outro complicador, na opinião do secretário, é o número de faculdades de Medicina no Estado, que ele considera baixo.

"São apenas duas faculdades e poucas vagas de residência médica", observou.

O secretário afirmou que o Governo pretende investir na abertura de novos cursos de Medicina e prevê abrir 40 novas vagas para médicos residentes, até 2013.

"Começando como residente, é maior a chance de um médico de adaptar e permanecer nos municípios menores", completou

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