A morte de dois trabalhadores na Usina Pantanal, localizada no município de Jaciara, está sendo investigada pelo Ministério Público do Trabalho em Rondonópolis. Os cortadores de cana faziam o processo de queima da plantação, no final de agosto, quando foram atingidos pelo fogo. Um deles morreu no local e outro foi socorrido, mas não resistiu aos ferimentos e faleceu uma semana depois.
No último dia 27 de agosto, a procuradora do Trabalho Christiane Vieira Nogueira, acompanhada do auditor fiscal e médico Lamberto Henry, inspecionou a usina e, em audiência, ouviu alguns trabalhadores. Ontem, 31, os responsáveis pela usina foram ouvidos, na sede da procuradoria, em Rondonópolis.
A procuradora requisitou da empresa documentos que comprovem a emissão do CAT (Comunicado de Acidente de Trabalho), que é obrigatório quando ocorrem acidente e morte de empregado, a comprovação de que no momento da queima os trabalhadores estavam usando equipamentos de proteção e se havia, no local, a presença de uma equipe de socorro e de combate a incêndio.
A empresa terá também que apresentar documento que autorizou a realização da queima da cana. O mesmo documento será requisitado para a Sema (Secretaria de Estado de Meio Ambiente).
Segundo informação prestada pelos dirigentes da usina, cada trabalhador deixou dois filhos menores de idade. Quanto à proteção dos direitos dos menores, a procuradora requereu da empresa que informe ao Ministério Público do Trabalho sobre todas as medidas de assistência e indenização que forem
propostas às famílias.
Sobre as causas do acidente – e das condições de trabalho da usina no momento da tragédia -, a procuradora informou que só poderá se pronunciar pós receber os relatórios técnicos do Ministério do Trabalho e Emprego
e da Politec.